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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Pega na mentira: veja como identificar as características de quem mente

Mentirosos não têm medo de que as pessoas desconfiem e não precisam de muito esforço cognitivo para fazer isso

Todo mundo mente. Há, inclusive, quem defenda que a civilização foi construída sobre uma sólida base de mentiras, falsidades e conceitos abstratos aceitos como verdadeiros, sem que se tenha deles a mais pálida constatação de veracidade.

— A mentira esteve a ponto de destruir a humanidade em diversas ocasiões, mas pode-se dizer que foi ela que nos trouxe até aqui — afirma o biólogo Alan Grafen, estudioso do comportamento humano.

Pesquisas na década de 60 examinaram as reações fisiológicas de universitários em laboratórios quando eles mentiam. Foram observadas as variações no ritmo da respiração, elevação da voz, a forma como se movimentam, entre outros trejeitos. Grafen também concentrou seus estudos no papel da mentira na evolução humana. Ele concluiu que a mentira social é sintoma de equilíbrio numa sociedade avançada. Quanto mais interdependente o convívio entre os pares, maior a necessidade da mentira.

Para o psiquiatra norte-americano David Smith, uma das funções básicas da linguagem é enganar. Eufemismos, trocadilhos, duplos sentidos e outros tipos de discursos codificados usam metáforas e analogias para exprimir os significados indiretamente. Diz, sem meias palavras, que somos mentirosos por natureza. A mentira, para ele, é qualquer forma de comportamento que forneça informações falsas ou prive alguém das verdadeiras. Mentir pode ser um ato consciente ou inconsciente, verbal ou não verbal, declarado ou não declarado. Nesse sentido, o sorriso falso é uma mentira.

Grafen faz uma observação, cuja confirmação pode ser obtida no dia a dia dos casamentos, do mercado e da política. Ele garante que "a mentira esteve a ponto de destruir a humanidade em diversas ocasiões, mas pode-se dizer que foi ela que nos trouxe até aqui”. Segundo ele, escutamos cerca de 200 mentiras diariamente e mentimos a cada 20 minutos. Muitas delas são inofensivas, cujo objetivo é tornar as relações mais amenas e menos conflitantes.

Manual do cara-de-pau

Há quem minta mais e muito melhor do que as outras pessoas. A famosa cara-de-pau foi tema de uma edição recente da revista Scientific American, que citou o trabalho de pesquisadores liderados pelo psicólogo holandês Aldert Vrij, da Universidade e Portsmouth. Leia, a seguir, características típicas de mentirosos convincentes.

1. São manipuladores: quem mente frequentemente e não têm escrúpulos morais — por isso, sentem menos culpa. Os mentirosos também não têm medo de que as pessoas desconfiem e não precisam de muito esforço cognitivo para fazer isso. A coisa meio que acontece naturalmente.

2. São bons atores: quem sabe atuar tem mais facilidade em mentir e se sente confiante ao fazer isso, pois sabe que é capaz de fingir muito bem.

3. Conseguem se expressar bem: dão uma impressão de honestidade porque seu comportamento sedutor desarma suspeitas logo de início, além de conseguirem distrair os outros facilmente.

4. Têm boa aparência: pesquisas já mostraram que pessoas bonitas tendem a ser mais queridas e vistas como honestas, o que ajuda a enganar os outros.

5. São espontâneos: para acreditarmos num discurso, ele precisa parecer natural. Quem não tem a capacidade de ser espontâneo acaba parecendo artificial – e fica difícil convencer alguém desse jeito.

6. São confiantes enquanto mentem: bons mentirosos geralmente sentem menos medo de ser desmascarados do que as outras pessoas.

7. Têm bastante experiência em mentir: assim como nas outras coisas, o treino também leva à perfeição quando se trata de mentir. Quem está acostumado a isso sabe o que é necessário para convencer as pessoas.

8. Conseguem esconder facilmente as emoções: em algumas situações mais arriscadas, mesmo um mentiroso veterano pode sentir medo e insegurança. Nesse caso, é fundamental conseguir camuflar bem essas emoções. Mentirosos costumam ser bons em fingir sentimentos que não estão realmente sentindo, mas também tendem a manifestar seus verdadeiros sentimentos espontaneamente. Por isso, é necessário ter habilidade em mascará-los para que não venham à tona.

9. São eloquentes: eles conseguem confundir mais facilmente as pessoas com jogos de palavras e enrolar mais nas respostas caso lhe perguntem algo que exija outras mentiras.

10. São bem preparados: mentirosos planejam com antecedência o que vão fazer ou dizer para evitar contradições.

11. Improvisam bem: mesmo estando preparado, é preciso estar pronto para improvisar caso alguém comece a desconfiar da história que ele inventou.

12. Pensam rápido: para improvisar bem, é preciso pensar rápido. Bons mentirosos conseguem pensar em uma saída rapidamente.

13. São bons em interpretar sinais não verbais: um bom mentiroso está sempre atento à linguagem corporal do seu ouvinte e consegue interpretar sinais não-verbais que possam indicar desconfiança.

14. Afirmam coisas que são impossíveis de se verificar: por motivos óbvios, bons mentirosos costumam fazer afirmações sobre fatos que sejam impossíveis de se provar e evitam inventar histórias mirabolantes, facilmente desmascaradas.

15. Falam o mínimo possível: quando é impossível falar algo que não pode ser verificado, o mentiroso simplesmente não diz nada.

16. Têm boa memória: quem quer desmascarar um mentiroso procura por contradições no seu discurso, porque muitas vezes eles podem simplesmente se confundir ou esquecer detalhes que inventaram. Mas não se impressione se a pessoa conseguir se lembrar e repetir cada vírgula do que lhe contou anteriormente. Bons mentirosos geralmente têm ótima memória.

17. São criativos: eles conseguem pensar em saídas e estratégias que você nunca imaginaria. Mas não se deixe levar pelo seu brilhantismo — afinal, é isso o que eles querem.

18. Imitam pessoas honestas: mentirosos procuram imitar o comportamento que, no imaginário das pessoas em geral, são típicos de quem só diz a verdade — e evitam se parecer com a imagem que se tem dos mentirosos.

Fonte Zero Hora

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