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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Portugal: Transplante de pulmão em risco

As respostas dos serviços de transplantes dos hospitais portugueses estão a deixar os pacientes preocupados. "Tudo o que diga respeito a dinheiro, as respostas são evasivas ou ficam pendentes", diz Sandra Campos, de 40 anos, que foi submetida a transplante de pulmão em Maio de 2005, no Hospital da Corunha, em Espanha. Sandra sofre de fibrose quística e na semana passada teve de adiar para Outubro a revisão periódica na unidade espanhola.


Justificação: os voos de Lisboa para a Corunha excedem o autorizado. "A alternativa mais barata era fazer quatro escalas, ida e volta", diz Sandra, que não suporta as viagens de avião. "Os transplantados correm riscos se não cumprirem os tratamentos e as consultas", alerta. Sandra, que gere um blogue sobre transplantes pulmonares, afirma que tem recebido diversas queixas semelhantes de pacientes e familiares, que se deparam com outras situações.

"Os medicamentos imunossupressores, quando receitados pelos hospitais portugueses, estão a ser substituídos por genéricos, o que é desaconselhado pelos clínicos espanhóis", diz Sandra, que em Lisboa é doente do Hospital de Santa Maria (HSM). "Sem comparticipação do Estado, este tipo de fármaco pode custar 500 euros, em vez de 40". O director do Serviço de Pneumologia do HSM, Bugalho de Almeida, nega qualquer "recusa, atraso ou adiamento do envio de doentes" para a Corunha. Fonte da administração do HSM garante que se mantém a prescrição dos imunossupressores. "Não houve substituição por genéricos".

Fonte Correio da Manhã

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