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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Decifrando o processo de tomada de decisão

Apesar de recentes, as pesquisas sobre os processos decisórios têm ganhado força entre os neurocientistas que tentam entender como fazemos nossas escolhas, sejam elas pequenas ou grandes.

O que eles afirmam é que é possível separar esse processo em diversos mecanismos menores, que vão se integrar para uma determinada decisão. E as descobertas podem ajudar a desvendar outros mecanismos que podem levar ao desenvolvimento da depressão e da esquizofrenia, por exemplo.

“Para diversos transtornos, as decisões ruins podem comprometer inúmeras ações durante o dia, e isso leva ao modo como se lida com situações de ansiedade e outros estados emocionais”, diz Daniel Salzman, da Universidade de Columbia, nos EUA.

“Se você já esteve em contato com uma pessoa depressiva, vai perceber que ela toma diversas decisões que não faria se não estivesse em uma crise de depressão. Então, é possível que haja alguma coisa acontecendo nos circuitos neurais desses pacientes e que afete suas escolhas. Entender isso pode ajudar diversas pessoas com transtornos mentais”, explica o pesquisador.

O atual conhecimento que se tem dos mecanismos celulares e circuitos neurais da memória de trabalho – ou de curto prazo – nos processos decisórios já se mostrou importante para o estudo dos transtornos mentais, completa outro pesquisador envolvido no estudo, Xiao-Jing Wang, da Universidade de Yale.

“A adição – ou vício – é um desses transtornos, que é baseado principalmente em fazer uma série de escolhas erradas, resultado de um sentimento de recompensa que pode estar em algum nível ‘avariado’, assim como redes neurais com o mesmo problema. Entender esse processo é um ponto-chave que vai se somar aos conhecimentos genéticos e do funcionamento em nível molecular do cérebro, além dos fatores comportamentais”, diz Wang.

A variação individual no processo de tomada de decisão também é importante. “As pessoas enfrentam o mesmo problema e fazem escolhas diferentes”, diz Daeyeol Lee, também da Universidade de Yale.

“Essas pessoas tiveram experiências de vida e ambientes de aprendizado diferentes. Além disso, já sabemos que há uma diferença genética que influencia o estilo de cada um para lidar com problemas. Essas questões poderiam explicar diversos problemas que vemos no dia a dia, incluindo a tendência – maior ou menor – para o desenvolvimento de determinados transtornos”, aponta Lee.

Fazer escolhas acertadas, portanto, é algo que não é simples, e se você acha que resolve bem seus problemas, parabéns. Mas será que sua resposta é a mais correta possível?

Fonte Band

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