Eduardo Barroso, Director do Centro Hepato-Bilio-Pancreático do Hospital Curry Cabral, sobre a falta de dadores
Correio da Manhã – O que se passa no Hospital Curry Cabral para não haver transplantes há duas semanas?
Eduardo Barroso – As nossas equipas estão aptas, como sempre estiveram, para fazer as colheitas de órgãos. O que se passa é que não temos sido chamados pelos centros de colheita para as fazer.
– Esta paragem de duas semanas tem implicações na lista de espera?
– Não há diferença nenhuma. Acontece em Portugal, como acontece em outros países da Europa. Sempre morreram doentes em lista de espera por falta da órgãos. Portugal, apesar de estar nos primeiros lugares no ranking dos transplantes, não tem dadores suficientes. Os órgãos não chegam para as necessidades e continuarão a morrer doentes à espera.
– A redução dos incentivos à transplantação, anunciada pelo Governo, está relacionada?
– Isto é uma situação que já aconteceu antes. Estamos disponíveis para fazer as colheitas, tal como nos comprometemos quando foram anunciados os cortes. Temos de perceber se há algo de errado ou se é uma flutuação natural.
Fonte Correio da Manhã
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