Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Doença de Chagas pode causar arritmias e morte súbita

1321733 broken heartsxc Doença de Chagas pode causar arritmias e morte súbita
A doença de Chagas é um problema de saúde pública antigo no Brasil, provocado por um parasita– o Trypanossomi cruzi – transmitido pelo inseto “barbeiro”. A doença pode comprometer vários órgãos do corpo. Mas o destino mais temido da instalação do protozoário no organismo é o coração.
A doença de Chagas pode provocar, entre outros sintomas, manifestações sistêmicas, “inchando” o coração. “Na verdade, ao comprometer a saúde do coração e o bombeamento do sangue, o órgão acaba por fazer muito mais esforço do que é necessário para manter o fluxo desse sangue no organismo e esse esforço exagerado leva o coração a se dilatar”, explica Adalberto Lorga Filho, cardiologista e membro da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac).

A causa desse inchaço é algo multifatorial, explica o médico, e ainda não há uma explicação determinada para o que ocorre nos indivíduos acometidos da doença.

Lorga Filho alerta também que o doente chagásico pode não ter nenhuma modificação no órgão até ser tarde demais. “As modificações no coração podem ocorrer e a primeira alteração – uma arritmia cardíaca – pode ser única e fatal, levando à morte súbita”, explica.

Modificações na estrutura elétrica
O parasita da doença de Chagas pode causar diversas lesões na estrutura do coração, que acaba ficando com diversas cicatrizes fibrosas (também chamadas “ilhas de tecido morto”). Essas cicatrizes são similares às encontradas nas pessoas que sofreram um infarto, por exemplo. Mas essas cicatrizes fibrosas – um entrelaçamento de músculos sadios com tecidos comprometidos – são mais problemáticas no caso da doença de Chagas.

“O coração funciona com uma série de impulsos elétricos. Quando há cicatrizes, esses impulsos têm suas rotas alteradas, o que pode levar às arritmias. Dependendo do caso, é necessária a implantação de um marca-passo para controlar essas alterações no ritmo do coração”, diz o cardiologista, que lembra ainda que a preocupação dos especialistas com a saúde do coração dos portadores da doença de Chagas é redobrada.

“O risco de infarto é uma condição que pode ser controlada com hábitos saudáveis. Não há como impedir a evolução da doença de Chagas, somente monitorar”, afirma Lorga Filho.

Fazer check-ups rotineiros com o cardiologista é a melhor maneira de identificar se a pessoa tem o parasita no organismo e se ele atingiu o coração. “O exame de sangue é importante, mas exames mais ou menos simples, como o ecocardiograma, e alterações no ritmo cardíaco podem determinar se um indivíduo tem a doença de Chagas e o quanto ela comprometeu a saúde cardíaca. A partir daí, é necessário traçar estratégias para controlar a manutenção da saúde em longo prazo, já que a doença vai evoluir naturalmente”, finaliza.

Fonte Band

Nenhum comentário:

Postar um comentário