Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Origem dos surtos atuais de peste bubônica pode estar em praga medieval

Cientistas chegaram à conclusão a partir de DNA extraído dos restos de quatro vítimas da doença enterradas em Londres, no século XIV

LONDRES- A famosa Peste Negra ou bubônica, que no século XIV dizimou um terço da população europeia, poderia ser a origem dos surtos atuais da doença, segundo um estudo genético publicado nesta quarta-feira, 12, na revista "Nature".

A pesquisa, dirigida pelo professor Johannes Krause, da universidade alemã de Tübingen, indica que a bactéria Yersinia pestis, causadora das epidemias de peste que ainda se dão em certas partes do mundo, poderia ser basicamente a mesma que fez estragos na época medieval.

Krause e sua equipe chegaram a esta conclusão após reconstruir o genoma da bactéria original a partir de DNA extraído dos restos de quatro vítimas da doença enterradas no cemitério londrino de East Smithfield, construído entre 1348 e 1349 para abrigar vítimas da peste.

As análises indicariam que a devastadora praga do século XIV pode ser a responsável pela introdução e disseminação por todo o mundo das bactérias que ainda circulam na atualidade. A doença, atualmente, tem cura.

Além disso, os pesquisadores constataram que a doença hoje em dia é influenciada por fatores ambientais e a própria suscetibilidade do portador.

Acredita-se que a Peste Negra se originou em roedores na China e se propagou através das pulgas dos ratos. "É um exemplo histórico fundamental de uma infecção com rápida disseminação e alta mortandade", já que num período de cinco anos reduziu consideravelmente a população da Europa, assinala a revista "Nature".

A revista científica britânica explica também que os avanços tecnológicos na recuperação do DNA facilitam o sequenciamento do genoma de espécimes antigos.

Fonte Estadão

Nenhum comentário:

Postar um comentário