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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Pesquisadores do Butantã e da USP testam vacina oral contra hepatite B

Os testes em humanos devem começar ainda este ano. A grande esperança é que a tecnologia também funcione com outras vacinas que, por enquanto, só são administradas por injeção

Pesquisadores do Instituto Butantã e da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram uma vacina para hepatite B que pode ser consumida por via oral. Os testes em humanos devem começar ainda este ano. A grande esperança é que a tecnologia também funcione com outras vacinas que, por enquanto, só são administradas por injeção. As informações são do jornal Estado de S. Paulo.

De acordo com o pesquisador do Instituto Butantã, Osvaldo Augusto Sant’Anna, a cobertura vacinal aumentaria muito, especialmente nos lugares mais pobres e distantes onde é difícil chegar com um profissional de saúde.

Ele recorda o impacto da vacina Sabin, de administração oral, na erradicação da poliomielite. Para Sant’Anna, seria possível repetir o mesmo feito com outras doenças.

Sant’Anna orgulha-se da simplicidade da ideia que inspirou a nova vacina: utilizar nanotubos de sílica para “proteger” os antígenos (responsáveis pela imunização) do suco gástrico e garantir a eficácia do produto (mais informações nesta página).

A pesquisadora do Laboratório de Cristalografia do Instituto de Física da USP, Marcia Fantini, prepara os nanotubos de sílica que o cientista do Butantã utiliza nos testes com camundongos. Os nanotubos utilizados na vacina, por exemplo, têm um diâmetro de 8 nanômetros. Cada unidade equivale à bilionésima parte de um metro.

Empresa
Em 2005, Sant’Anna apresentou resultados preliminares do estudo em um simpósio dentro do Instituto Butantã. A farmacologista Regina Scivoleto, que se aposentara da USP, estava na plateia.

Ao deixar a universidade, Regina tinha uma clara ideia do abismo que separa a pesquisa do desenvolvimento de produtos no País. Por isso, decidiu tornar-se alguém que identifica oportunidades e constrói pontes entre a pesquisa na academia e a indústria. Conversou com o pesquisador do Butantã no fim da palestra e se comprometeu a colocá-lo em contato com o Laboratório Cristália.

O presidente do Cristália, Ogari Pacheco, afirma que a empresa já investiu R$ 30 milhões na pesquisa. Além de financiar a pesquisa a empresa também possui pesquisadores que participam das discussões e do desenvolvimento do produto.

Pacheco afirma que já começaram as pesquisas para utilizar a tecnologia em vacinas para outras doenças.

Fonte SaudeWeb

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