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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Cientistas desenvolvem "detector de mentiras" para dietas

Exame mede as "impressões digitais" químicas que aparecem na urina de uma pessoa que comeu carne vermelha, branca ou processada

Cientistas britânicos desenvolveram um exame de urina que pode detectar se uma pessoa está cumprindo uma dieta rigorosamente ou se está "mentindo" sobre ela.

Pesquisadores das universidades de Newcastle e Aberystwyth criaram um teste que pode determinar qual alimento e quais quantidades dele foram consumidas pelo paciente nos dias anteriores.

O exame mede as "impressões digitais" químicas, conhecidas como metabólitos, que aparecem na urina de uma pessoa que comeu carne vermelha, branca ou processada. Os cientistas agora querem aumentar a lista de metabólitos que poderão ser identificadas pelo exame.

Por meio do exame, os metabólitos já foram identificados para alimentos considerados saudáveis, como framboesas, salmão, brócolis e suco de laranja.

"Ao buscar na urina as 'impressões digitais' químicas de alimentos diferentes, a pesquisa dos cientistas demonstrou que podem determinar se os indivíduos têm uma dieta saudável ou não", disse um porta-voz da Universidade de Aberystwyth.

"O que comemos tem um grande impacto em nossa saúde, mas é muito difícil saber exatamente o que e quanto as pessoas comem no cotidiano, e as pessoas acham difícil registrar isto com honestidade", afirmou o porta-voz.

Doenças crônicas
"Este tipo de exame tem grande potencial como uma arma contra muitas doenças crônicas", afirmou o professor John Draper, que lidera a equipe de pesquisadores no Instituto de Ciências Biológicas, Ambientais e Rurais de Aberystwyth.

"Ele vai ajudar os médicos, enfermeiras e nutricionistas a descobrir o que seus pacientes andaram comendo."

O instituto está tentando desenvolver um exame mais simples para identificar metabólitos. No futuro, os pesquisadores esperam criar um sensor que poderá ser utilizado com pequenas quantidades de amostra de urina para descobrir quais os principais alimentos que a pessoa consumiu.

"No longo prazo, este tipo de exame vai ajudar a descobrir novas ligações entre padrões de alimentação e saúde", disse o professor John Mathers, que lidera os cientistas no Centro de Pesquisa em Nutrição Humana da Universidade de Newcastle.

Para Mathers, quando os cientistas conseguirem mais conhecimento sobre os metabólitos, eles poderão "acrescentar estes ao nosso exame e, com isso, os pesquisadores poderão afirmar com certeza quais alimentos ajudam a proteger contra doenças específicas e quais devemos estimular (o consumo) para promover a saúde" do paciente.

Fonte iG

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