Pesquisa de Harvard aponta que cobrança por magreza chega à meia-idade
A maioria pensa que transtornos alimentares como anorexia e bulimia são coisas de adolescente. No entanto, os distúrbios podem e atingem mulheres e homens de meia-idade, que mantêm o problema em sigilo por pura vergonha. E pior: essa população é a que menos procura por ajuda, justamente pelo medo do estigma de ter uma doença de adolescente. Essa é a conclusão de um estudo divulgado pela Faculdade de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos.
De acordo com a pesquisa, médicos vêm relatando um aumento no atendimento de mulheres mais velhas que sofrem de transtornos alimentares. Para algumas o problema é recente, mas em outras ele perdura há décadas.
Pesquisas na Austrália têm traçado índices alarmantes, que chegam a três ou quatro vezes mais na porcentagem de pessoas com 65 anos que sofrem de algum transtorno alimentar.
Pesquisadores da Oregon Health & Science University descobriram que mulheres com idades entre 65 a 80 anos se sentem tão ou mais gordas do que mulheres adultas jovens, o que pode impulsionar as doenças. E essa insatisfação costuma ser a válvula propulsora dos distúrbios.
Pessoas com transtornos alimentares geralmente se sentem muito insatisfeitas com sua forma física. E, no caso das mulheres de meia-idade, podem vir junto a problemas pessoais como divórcio, entre outras doenças associadas.
De acordo com a psiquiatra Anne E. Becker, “juntar a atual valorização da juventude e a reinvenção da meia-idade às preocupações com a saúde, como a obesidade, podem resultar em estratégias que comprometem o bem-estar”.
Fonte R7
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