Governo anuncia reforço nas inspeções a fabricantes de produtos médicos
A França prometeu nesta quarta-feira (1º) reforçar a regulação e o monitoramento interno das próteses mamárias e pediu que o reforço dos controles seja realizado em toda a Europa, depois da explosão de um escândalo internacional com próteses defeituosas da fábrica francesa Poly Implant Prothese (PIP).
A França prometeu nesta quarta-feira (1º) reforçar a regulação e o monitoramento interno das próteses mamárias e pediu que o reforço dos controles seja realizado em toda a Europa, depois da explosão de um escândalo internacional com próteses defeituosas da fábrica francesa Poly Implant Prothese (PIP).
O ministério francês da Saúde emitiu uma nota oficial na qual afirmou que haverá um reforço nas inspeções a fabricantes de produtos médicos, com um aumento do número de inspetores e visitas às fábricas que serão "mais numerosas e não anunciadas".
Em um documento enviado ao ministro da Saúde, Xavier Bertrand, a Direção Nacional de Saúde sugeriu a necessidade de adotar uma regulação e um monitoramento mais rígidos do setor não apenas em nível nacional, mas em toda a Europa.
- Este reforço deve ser feito em dois níveis, nacional e comunitário.
O informe sustenta que a França pressionará a União Europeia para que "fortaleça a segurança em relação a estes dispositivos medicinais" e pediu às autoridades locais que tornem mais severa a inspeção, tanto a realizada regularmente, como também as visitas surpresa.
Em determinados setores, acrescenta o informe, estas visitas devem ser realizadas anualmente e com a tomada de amostras para análises em laboratório. O documento também pede que sejam estabelecidos mecanismos mais simples para reportar peças defeituosas.
Estima-se que cerca de 400 mil mulheres em todo o mundo receberam implantes mamários produzidos pela empresa francesa PIP, que fechou em 2010 depois da descoberta de que enchia suas próteses com um gel de silicone de tipo industrial, e não medicinal.
A descoberta do uso do gel industrial ocorreu em março de 2010 e as autoridades ordenaram o bloqueio imediato das próteses da PIP, mas milhares de peças já haviam sido distribuídas por vários países do mundo.
Na semana passada, a Justiça francesa acusou o fundador da PIP, Jean Claude Mas, de "danos involuntários", além de fraude.
Fonte R7
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