Feto do irmão gêmeo pesava 1,2 quilos e tinha 25 centímetros
Uma equipe de cirurgiões peruanos extraiu nesta segunda-feira (30) um feto gemelar do abdômen de uma criança de três anos de idade, que horas depois da operação, já se encontrava passeando pelos corredores do hospital Las Mercedes, da cidade de Chiclayo.
O pequeno Isbac Pacunda, nascido em uma comunidade nativa da região florestal de Loreto e operado na última segunda-feira, acordou com um bom semblante e na manhã desta terça-feira (31) já caminhava tranquilamente pelo hospital, declarou à Agência Efe o chefe de relações públicas do centro médico, Walter Elera.
O menino foi operado por uma equipe de médicos, dirigida pelo cirurgião pediatra Carlos Astocóndor, para extrair um feto de um irmão gêmeo que não chegou a se desenvolver e ficou enquistado no tecido de seu estômago, como uma espécie de tumor.
Após a cirurgia, Astocóndor explicou que o corpo extraído tinha braços, pernas e coluna vertebral, mas sem órgãos internos, se encontrava encapsulado na barriga da criança.
O feto retirado media aproximadamente 25 centímetros e pesava 1,2 quilos.
"Graças ao encapsulamento do feto, este não comprometeu nenhum órgão vital da criança, que só tinha um laço com um rim. Aliás, por conta deste fato, cirurgia acabou se prolongando um pouco mais", afirmou Elera, que especificou que a intervenção durou aproximadamente quatro horas.
Segundo o chefe de relações públicas do centro médico, a criança deverá permanecer pelo menos mais 10 dias no hospital, tempo em que os médicos estarão acompanhando sua recuperação e os possíveis problemas que possam aparecer após a cirurgia.
A presença do feto gemelar, que se apresenta em uma proporção de um para cada 500 mil nascidos vivos, foi confirmada há umas semanas pelos médicos do hospital de Chiclayo. Isbac é o terceiro dos quatros filhos e está em Chiclayo com seu pai, Leónidas Pacunda, que necessitará de ajuda econômica para pagar sua estadia nessa cidade e os remédios da criança, que não estão custeados pelo seguro social, comentou Elera.
"O pós-operatório é muito delicado e necessita de constantes medicações para evitar as infecções", indicou o porta-voz, que assinalou que as empregados, os médicos e os moradores locais colaboraram para ajudar a pagar as despesas adicionais deste caso.
Fonte R7
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