As próteses mamárias PIP (Poly Implant Prothèse) não apresentam um "risco mais elevado" à saúde das mulheres do que de produtos similares fabricados por outras marcas.
A afirmação é da CE (Comissão Europeia), que emitiu um comunicado nesta sexta-feira amenizando o problema dos implantes que podem romper.
O porta-voz do órgão de Saúde e Consumo, Fréderic Vincent, assinalou que as informações médicas disponíveis são "insuficientes" para se chegar a conclusões finais sobre o risco à saúde das mulheres que têm os implantes PIP.
No Brasil, estima-se que há 25 mil pessoas com os implantes, que deverão ser trocados pela rede pública ou cobertos por planos de saúde particulares. No Reino Unido, 30 mil. Na França, são outras 30 mil. Na Espanha, 10 mil. Na Alemanha, 7.500.
Em entrevista à imprensa, o porta-voz explicou que o comitê formado por especialistas para avaliar as próteses PIP tiveram que "trabalhar muito rápido e com dados muito difíceis de serem analisados".
Ele adiantou que o grupo continuará estudando o caso com maior profundidade.
Vincent reafirmou que a decisão final sobre a retirada dos implantes é de autonomia de cada Estado-membro da UE (União Europeia). Até o momento, a troca foi recomendada por cinco países --França, Alemanha, República Tcheca, Holanda e Bélgica.
A orientação dos governos da Espanha e do Reino Unido é que o produto seja trocado só quando ocorrer um rompimento.
Nas próximas semanas, os países europeus vão debater formas de melhorar o controle de próteses mamárias, como a adoção de "inspeções-supresa" às fábricas e testes dos produtos que são vendidos no mercado.
Fonte Folhaonline
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