O que é farmacoeconomia?
“Descrição, análise e a comparação dos custos e das consequências das terapias medicamentosas para os pacientes, os sistemas de saúde e a sociedade, com o objetivo de identificar produtos e serviços farmacêuticos cujas características possam conciliar as necessidades terapêuticas com as possibilidades de custeio”(Wilson Follador)
Aplicações da Farmacoeconomia
São várias as aplicações e usos das análises farmacoeconomicas, abaixo está descrito algumas:
São várias as aplicações e usos das análises farmacoeconomicas, abaixo está descrito algumas:
1-Autorização para comercialização de medicamentos;
2-Fixação de preços, financiamento público de medicamentos;
3-Suporte nas decisões sobre investigação e desenvolvimento na indústria farmacêutica;
4-Definição de estratégias de marketing para indústria farmacêutica;
5-Incorporação de medicamentos em guias farmacoterápicos e suporte na tomada de decisões clínicas;
Existem diversos tipos de análises farmacoeconomicas, porém, vamos nos atentar as 4 que são mais utilizadas atualmente. São elas:
Minimização de Custos: A mais simples, pois pressupõe que os desfechos sejam equivalentes. Assim, são comparados apenas os custos da intervenção.
Custo-Benefício: Não apenas os custos são avaliados em termos monetários, mas também os benefícios. Isso é ,benéfico tanto do ponto de vista dos clínicos e tomadores de opinião (para determinar se os benefícios de um programa ou uma intervenção excedem os custos de implementação) quanto poder comparador de dois programas ou intervenções com desfechos semelhantes ou não relacionados entre si.
Custo-Efetividade: Esse tipo de análise tem por objetivo identificar a opção terapêutica que consegue obter o melhor resultado clinico por unidade monetária aplicado.
Custo-Utilidade: Quando tanto morbidade e mortalidade são desfechos importantes de um tratamento a ACU deve ser utilizada, pois, mede desfechos que baseados em anos de vida que são ajustados por pesos de “utilidades”, que variam de 1,0 (saúde perfeita) e 0,0 (morte).
Exemplo de uma AMC (Análise de Minimização de Custos)
Item de Custo | Antibiótico A | Antibiótico B |
Eficácia | 96% | 95% |
Tempo de Resposta | 5 dias | 7 dias |
Preço de 1 frasco | R$59,00 | R$ 56,00 |
Posologia | 1 frasco / 4h (6 por dia) | 1 frasco / 6h (4 por dia) |
Custo do medicamento | R$ 59,00 x 6 x 5 = R$ 1770,00 | R$ 56,00 x 4 x 7 = R$ 1568,00 |
Custo da Internação | R$ 100,00 x 5 dias = R$ 500,00 | R$ 100,00 x 7 dias = R$ 700,00 |
Custo de exames | 1 hemograma/dia R$ 5,00 x 5 dias = R$ 25,00 | 1 hemograma/dia R$ 5,00 x 7 dias = R$ 35,00 |
Custos de Infusão | R$ 10 x 6 aplicações x 5 dias = R$ 300,00 | R$ 10 x 6 aplicações x 7 dias = R$ 280,00 |
Custos Totais | R$ 2.595,00 | R$2.583,00 |
Análise Crítica
Com o Antibiotico B tem-se R$ 12,00 economia. Caso a população tratada fosse de 1 milhão de pessoas, serão 12 milhões de reais economizados! Porém, o Antibiótico B (mais barato) resulta em 2 dias a mais de internação por paciente. Quanto custa uma diária? Além disso, mais tempo internado maior possibilidade de contrair infecção hospitalar, aumentando morbi-mortalidade e aumentando os custos. Ainda temos que dois dias a mais internados podem causar insatisfação do paciente e também, 2 dias a menos de produtividade.
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