Estimativa inicial é investir cerca de R$ 60 milhões no empreendimento, de 150 leitos. O Hospital de Mauá será o quarto do Grande ABC, concluindo a estratégia de suprir a carência assitencial da região
A Rede D’Or vai construir um hospital geral em Mauá, passando a ter quatro hospitais no Grande ABC. A estimativa inicial é investir cerca de R$ 60 milhões no espaço de 15 mil m², que terá 150 leitos e atenderá também pacientes de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. As informações são do jornal Diário do Grande ABC.
O empreendimento, segundo reportagem, foi apresentado em reunião entre o presidente da Rede D’Or, Jorge Moll, o prefeito interino e secretário de Saúde de Mauá, Paulo Eugenio Pereira Júnior, e os secretários de Planejamento Urbano, Josiene Francisco, e Desenvolvimento Econômico, Edilson de Paula. Apesar de ainda não haver projeto técnico, que será elaborado após definição do terreno onde o hospital será construído, a expectativa é de que a unidade padrão fique pronta em cerca de um ano e meio após o início das obras.
O grupo tem interesse tanto por áreas públicas quanto privadas. No entanto, para a prefeitura é vantajoso que o espaço escolhido seja municipal.
A região de Mauá é uma área carente com relação aos serviços privados. Há apenas um hospital particular no município, o que intensifica a procura por atendimento em Santo André e até mesmo no Hospital Nardini. Para se ter uma ideia, cerca de 20% dos pacientes que vão ao Hospital Brasil são de Mauá.
Vale lembrar que, com o fechamento de pelo menos seis hospitais particulares nos últimos cinco anos, o Grande ABC perdeu quase 500 leitos no setor privado de saúde. Hoje, o número é de 2.766, contra 2.091 leitos na rede pública. Entre os equipamentos falidos estão o Neomater, Baeta Neves e São Caetano.
Estratégia no ABC
No Grande ABC, a primeira aquisição da Rede D’Or foi o Hospital Brasil, em Santo André, em abril de 2010. Em setembro do mesmo ano, o Hospital Assunção, em São Bernardo, também passou a ser gerenciado pela rede. Juntos, os dois hospitais somam 400 vagas, sendo que cerca de 30% do total são destinadas à UTI, acima da recomendação internacional, de 25%.
Com a conclusão do Hospital São Caetano, previsto para ser inaugurado em 2013, e a construção de unidade em Mauá, o grupo encerra o processo de expansão entre as sete cidades. A intenção do grupo é manter um bom padrão de atendimento e preencher as necessidades da população do Grande ABC.
São Caetano
A unidade de São Caetano está em fase de obras. Localizado no Espaço Cerâmica, o complexo terá entre 15 mil e 20 mil m² e contará com 40 consultórios, das mais diversas especialidades, além de 200 leitos e capacidade para 240 mil atendimentos de emergência e 12 mil cirurgias por ano. A previsão é que sejam investidos R$ 3.000 por m², o que demanda até R$ 60 mil de recursos.
A população também recebeu, em novembro, uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) no Jardim Zaíra e em dezembro foi instalado na região central um AME (Ambulatório de Especialidades Médicas).
Juntos, os equipamentos são responsáveis por suprir parte da demanda que procura atendimento básico e de urgência, no entanto, nem sempre é suficiente. Recentemente, o Diário denunciou que há fila de espera de 3.000 mulheres para fazer mamografia. A Prefeitura prometeu zerar o deficit até abril.
Fonte SaudeWeb
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