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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Hugo Chávez viaja para Cuba, onde será submetido a nova cirurgia

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, de 57 anos, viaja nesta sexta-feira (24/2) para Havana (Cuba), onde fará uma cirurgia para a retirada de novo tumor na região pélvica. A previsão é que a operação ocorra no começo da próxima semana.

Em Caracas, capital venezuelana, Chávez prometeu que governará o país a distância, diretamente de Cuba. A descoberta do tumor ocorre a sete meses das eleições presidenciais na Venezuela e em plena campanha eleitoral.

Na véspera da viagem, Chávez fez campanha e disse que ainda não sabe se o tumor, de 2 centímetros, é maligno. Porém, confirmou que há essa possibilidade. Segundo ele, o objetivo da cirurgia é sua extração. “É preciso preparar-me para enfrentar o que for. Preparo-me para enfrentar o pior dos cenários. Isso não é uma despedida, eu vou ali e já volto", acrescentou.

Antes de partir para Havana, o presidente venezuelano designou vários membros do governo para comandar a campanha presidencial e prometeu que "lutará sem trégua” para manter-se na política. "Deixo o país em boas mãos, no entanto continuarei governando de Cuba."

Há oito meses, Chávez fez uma cirurgia em Havana também para a extração de um tumor na região pélvica – a mesma área que novamente é alvo de um tumor. Na ocasião, ele fez sessões de quimioterapia e radioterapia em Cuba e na Venezuela, no Hospital Militar de Caracas. A viagem do presidente a Havana foi autorizada pela Assembleia Nacional da Venezuela. “O presidente da República é, acima de tudo, um ser humano que merece exercer o direito de se tratar", disse o vice-presidente do Parlamento, Aristóbulo Istúriz. O deputado da oposição Alfonso Marquina acrescentou que os opositores desejam a Chávez sua pronta recuperação e defendeu que o vice-presidente Elías Jahúa exerça as funções presidenciais, e não o presidente, a distância.

"Não se pode governar de outro ponto que não seja o território nacional. À frente do país deve estar o vice-presidente executivo, não se pode emitir decretos nem assinar leis", disse Marquina.

Fonte Correio Braziliense

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