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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Paulistana cria site para reunir histórias sobre a relação entre gêmeos na vida adulta

Brasil tem mais de 50 mil gestações múltiplas por ano, segundo o IBGE


Reunir todos os tipos de histórias gemelares, contadas pelos próprios gêmeos e ou por alguém da família. Essa é a missão do site Vizinhos de Útero (), criado pela paulistana Jemima Pompeu, 42 anos, gêmea bivitelina. Entusiasta do universo gemelar, ela só encontrava sites dedicados à gravidez e à criação de gêmeos ou sites técnicos e científicos. Sentia falta de um espaço onde pudesse saber como é o relacionamento dos gêmeos quando chegam à fase adulta. Então, decidiu criar um.

O nome — Vizinhos de Útero — é a forma como ela se referia à irmã, que vive no Exterior com o marido e duas filhas. No ar desde março de 2010, o site virou um portal de histórias gemelares e ponto de discussão social sobre o tema.

Ao mesmo tempo em que desvenda conexões especiais — gêmeas que se casaram no mesmo dia, irmãos que são sócios nos negócios, gêmeos que correram juntos a São Silvestre — , o site também revela casos complexos, como os gêmeos sobreviventes (aqueles que perderam o irmão no útero ou logo após o nascimento).

Estudos indicam que a memória intrauterina imprime no gêmeo sobrevivente um profundo efeito psicológico, fazendo com que a sensação de perda seja fortemente sentida durante toda a vida. Segundo Jemima, alguns se tornam muito carentes ou até sofrem de depressão e buscam no site um espaço para desabafar. Famosos como Elvis Presley e Justin Timberlake eram gêmeos sobreviventes e encontraram no sucesso uma forma de suprir o vazio.

Contribuição social
O site também é um espaço de discussão social da gemelaridade. A seção "Gêmeos Desaparecidos" busca promover o reencontro de gêmeos. Antes da nova lei de adoção, que não permite que irmãos sejam adotados separadamente no Brasil, muitos gêmeos foram adotados por famílias diferentes. Alguns sabem que nasceram gêmeos, mas não sabem onde estão seus irmãos.

Outra bandeira de luta é para que a informação sobre a gemelaridade seja incluída em documentos pessoais como RG e passaporte. Tal inclusão facilitaria a vida do cidadão gêmeo para provar sua identidade individual — evitando constrangimentos legais e até prejuízos morais, principalmente aos fisicamente idênticos. Eles também defendem que os gêmeos sejam incluídos nas estatísticas do Censo. Os dados poderiam beneficiar pesquisas nas áreas de ciência social, biologia e reprodução humana.

Dados da Pesquisa do Registro Civil 2010, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que a proporção de brasileiros nascidos de partos múltiplos passou de 1,59% em 2003 para 1,86% do total de partos em 2010. Em números absolutos, isso representa o nascimento de 51 mil múltiplos por ano. A popularização do uso de métodos de reprodução assistida é um dos fatores apontados para impulsionar o aumento nas gestações de gêmeos, trigêmeos e até quadrigêmeos no país.www.vizinhosdeutero.com.br

Fonte Zero Hora

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