Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Pelos das pernas podem ser nova opção para combater a calvície

Você faria transplante de pelos das pernas na cabeça?
Estudo mostrou que os pelos da perna masculina pode ser fonte viável para enxertos no couro cabeludo

Os médicos podem ter conseguido um grande avanço contra a calvície: transplantar os cabelos das pernas para a cabeça e obter assim um aspecto mais natural para o resultado.

Na edição de fevereiro da revista Archives of Dermatology, o pesquisador Sanusi Umar explicou que o pelo mais fino e macio encontrado na perna é um candidato ideal para enxertos de cabelo com o objetivo de recriar o couro cabeludo.

“A idéia é levar os transplantes de cabelos para o próximo nível”, disse Umar, médico particular em Redondo Beach, Califórnia, e instrutor clínico de dermatologia da Universidade da Califórnia, em Los Angeles. Existem “diversos problemas” com os métodos tradicionais para transplante dos fios, acredita ele.

“Primeiro, o transplante tradicional leva cabelo do meio da região traseira da cabeça, e esses fios parecem ser os cabelos mais grossos da cabeça”, disse ele. Isso significa que, “se você os tira de lá e os coloca na linha da testa, apesar dos maiores esforços, eles vão acabar dando uma aparência não muito natural no couro cabeludo. É problemático, para dizer o mínimo,” Umar explicou.

“A outra questão é que as pessoas ficam calvas ou têm falhas em diferentes graus” observou. “Você pode ter calvície leve ou severa.”

Isso significa que o método padrão de transplante de cabelo hoje é de pouca utilidade para um homem que perdeu a maior parte do cabelo e, portanto, não tem nenhuma fonte para o transplante.

“Você está lutando uma batalha perdida, porque simplesmente não há o suficiente com que trabalhar. A maioria das práticas éticas, portanto, dirá a um homem muito careca que ele não pode fazer o transplante porque não vai ficar natural”, disse Umar. “Além disso, ao longo dos anos há um grande número de pacientes que fizeram transplante de cabelo com técnicas antiquadas”, acrescentou.

“Eles têm cicatrizes e chumaços de cabelo entre falhas. E eles já não têm qualquer fonte de doação sobrando na parte de trás da cabeça para.”

Procurando uma solução, cerca de sete anos atrás Umar começou a explorar o “transplante de pelos do corpo”, que ele batizou de “U-graft method”. A técnica envolve essencialmente aferir todo o corpo em busca de pelos, mantendo em mente que nem todos os pacientes são igualmente peludos.

“Com esta abordagem posso combinar os pelos da barba, cabelos do peito e pelos das pernas, dependendo da distribuição de cabelos da pessoa”, observou Omar.

“Misturando isso com alguns cabelos mais grossos da cabeça, posso ter cerca de 20 mil ou 30mil pelos, o que significa que eu sou, então, capaz de ajudar alguns indivíduos severamente carecas.”

No entanto, recriar uma linha natural de cabelo na testa requer cabelos mais finos. Umar acredita que os pelos da perna “funcionam melhor simulando naturalidade [neste local]. Às vezes também usamos o cabelo da nuca, que também é muito bom. E então, atrás da linha da testa podemos usar alguns dos cabelos mais grossos da cabeça.”

Em seu relatório de caso, Umar publicou os resultados de dois esforços de transplantes desse tipo. Um deles envolveu o uso exclusivo dos folículos pilosos da perna para recriar a linha da testa original do paciente, enquanto o outro envolveu mesclar pelos transplantados da perna misturados aos cabelos retirados de outras áreas da cabeça para suavizar e recriar um “pico da viúva” na linha da testa do paciente.

Nos dois casos, o procedimento de transplante deu origem ao que Umar descreveu como “um fio totalmente crescido e de aspecto suave” no prazo de nove meses. Entre 75% e 80% do fino cabelo transplantado da perna floresceu na “nova casa” na cabeça, e três a quatro anos mais tarde os dois pacientes tiveram uma perda de cabelo mínima na área do transplante.

No entanto, Umar observou que os homens que procuram tais procedimentos devem estar preparados para gastar muito dinheiro. Os procedimentos são espaçados ao longo de duas sessões (cada uma envolvendo de três a cinco dias) que são distribuídas ao longo de um ano. Como cada folículo enxertado custa entre 12 e 18 reais – cada folículo contendo entre um e quatro fios de cabelo –, o procedimento finalizado pode acabar na casa dos milhares, dependendo da severidade da calvície.

Os pareceres de outros especialistas sobre a técnica de transplante desenvolvida por Umar são díspares. Malcolm Roth, presidente da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos e chefe da divisão de cirurgia plástica do Albany Medical Center, em Albany, NY, elogiou a inovação como “mais um exemplo de como novas técnicas continuam a refinar e a melhorar os resultados em procedimentos cosméticos para dar aos pacientes resultados mais naturais”.

No entanto, Barry DiBernardo, que tem um consultório particular em Montclair, Nova Jersey, afirmou que o procedimento levanta algumas questões e preocupações.

“Encontrar cabelo de outras partes do corpo não é nada absolutamente novo”, observou. “Consideramos essa possibilidade há muito tempo. Quando você está projetando uma linha da testa tudo o que ajudar o local a parecer com o que estava lá originalmente é válido” explicou DiBernardo.

“Mas pelos do corpo podem ter uma espessura diferente”, disse DiBernardo. “Eles podem ser mais ondulados do que o cabelo original, por exemplo. O trabalho parece correto, mas a abordagem levanta a questão da incompatibilidade de cabelo, o que naturalmente vai depender de cada pessoa” disse ele.

“A outra questão é o potencial de cicatrização. A colheita dos pelos pode deixar cicatrizes”, apontou DiBernardo. “Porque, se você não vai ver a parte de trás da cabeça, e essa é uma área com boa cicatrização, você vai ver as pernas. E as pernas certamente não se recuperarão tão bem como o couro cabeludo.”

Fonte iG

Nenhum comentário:

Postar um comentário