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quinta-feira, 1 de março de 2012

Medicamento contra mielofibrose reduz a mortalidade em 50%, aponta estudo

Aprovado nos Estados Unidos em novembro, remédio ameniza inchaço do baço e febre


Pacientes com mielofibrose tratados com o medicamento ruxolitinib, o primeiro tratamento autorizado nos Estados Unidos, viram seus sintomas diminuírem e sua taxa de mortalidade reduzir em 50%, segundo um estudo estadunidense.

Os resultados do teste clínico levaram a FDA — agência reguladora equivalente à Anvisa no Brasil — a aprovar, em novembro, a venda de ruxolitinib, cujo nome comercial é Jakafi, do laboratório Incyte Corp. O Jafaki bloqueia uma proteína (a tirosina JAK2) e é destinado aos doentes que apresentam estado avançado ou intermediário da doença, que se caracteriza por uma superprodução de glóbulos vermelhos e brancos pela medula óssea.

Para este ensaio, com resultados publicados pelo New England Journal of Medicine na edição de 1º de março, pesquisadores do Centro Anderson de Houston, no Texas, e da Clínica Maio de Scottdale, no Arizona, acompanharam mais de 300 doentes divididos em 89 centros de cuidados americanos.

O teste mostra que o fármaco ruxolitinib "é claramente mais eficaz para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos doentes que tudo o que podíamos oferecer anteriormente", afirmou o médico Jason Gotlib, professor adjunto de medicina da Universidade de Stanford (Califórnia, oeste) e autor do estudo.

Uma experiência similar realizada na Europa mostrou que o ruxolitinib era o melhor tratamento para reduzir o inchaço do baço e os outros sintomas desta doença, como a febre. Cerca de 46% dos pacientes do estudo tratados com este medicamento melhoraram, frente a 5% do grupo que se tratou com placebo.

A terapia permite uma redução de 50% da mortalidade dos doentes no final de um ano, explica Gotlib, que afirma que ainda não são conhecidos os efeitos de longo prazo.

— O ruxolitinib não cura a doença, mas suas vantagens clínicas são significativas e substanciais, e permitem que diversis pacientes realizem atividades normais — diz o pesquisador.

Fonte Zero Hora

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