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quinta-feira, 22 de março de 2012

TPM severa e depressão podem estar relacionados

Transtornos mentais e condições clínicas são, muitas vezes, dois lados da mesma moeda. Isto quer dizer que muitas doenças ou disfunções biológicas compartilham mecanismos e influenciam – negativa ou positivamente – diversos problemas mentais. Uma pesquisa da Universidade da Carolina do Norte (UNC), EUA, mostra como a depressão pode piorar as respostas ao estresse em mulheres com o transtorno disfórico pré-menstrual.

“O transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM) é considerado, até o momento, uma forma mais severa da tensão pré-menstrual (TPM). Assim como a TPM o TDPM está relacionado ao ciclo menstrual, mas as variações de humor, no segundo caso, são muito mais intensas e precisam de acompanhamento psicológico e muitas vezes de tratamento medicamentoso”, explica Juliana Buatetto, especialista em uroginecologia e professora da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Essa condição clínica atinge entre 5% e 7% das mulheres em idade reprodutiva e muitas vezes é diagnosticada erroneamente como casos de depressão maior ou outros transtornos do humor.

O estudo da UNC chegou à conclusão de que mulheres com TDPM podem, na verdade, ter um tipo de transtorno mais específico. A descoberta é relevante, pois um diagnóstico mais preciso pode levar a tratamentos mais efetivos dessa condição, diz Susan Girdler, uma das pesquisadoras envolvidas no estudo que foi publicado no periódico Biological Psychology.

“O TDPM não é uma apenas uma variação da TPM. Este tipo de transtorno causa baixa na qualidade de vida em níveis equivalentes aos transtornos de estresse pós-traumático, a depressão maior ou o transtorno do pânico. E pior, ocorre em ciclos regulares. Muitas mulheres sofrem sem ao menos saber que têm o transtorno”, explica a pesquisadora.

O estudo de Girdler e outros pesquisadores mediu as respostas biológicas ao estresse e à dor em mulheres com TDPM. Estudos anteriores mostraram que indivíduos com depressão tinham uma resposta mais intensa ao estresse liberando altíssimas quantidades do cortisol. No caso das mulheres com TDPM, esta resposta ao estresse foi menor, mas as respostas às dores foram muito mais intensas.

Mas esses resultados só valeram para as mulheres que já haviam passado por crises depressivas e superado. Nas mulheres com TDPM e depressão ou mesmo nas mulheres apenas com depressão os resultados não se alteraram (tanto as respostas ao estresse quanto à dor eram similares).

Esses resultados servem de base para a hipótese da pesquisadora de que a TDPM e a depressão são dois transtornos distintos, o que modificaria as possibilidades de tratamento que se conhecem até então.

Fonte O que eu tenho

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