Exercícios têm grande impacto na vida sexual do casal |
Malhar não é apenas uma maneira de entrar em forma e ganhar saúde, mas também de aumentar a libido e de melhorar a performance
Quando conheceu a atual namorada, Marco Aurélio estava sete quilos acima do peso. Aos seis meses de relacionamento, levou um ultimato: precisava melhorar o desempenho sexual. A dura reclamação levou-o a um médico, que em vez de medicamentos indicou exercícios físicos.
“Confesso que sai do consultório cético. Achava que ia emagrecer e só. Mas um mês depois, percebi melhora. Eu tinha mais disposição e não me cansava tão facilmente”, relata. A namorada aprovou a mudança e os dois se casaram ano passado. “Nunca mais deixei de fazer exercício”, ri.
Condicionamento físico, maior tônus muscular e menos gordura na composição corporal melhoram a performance na cama e a satisfação sexual. A primeira alteração e a mais simples de ser verificada é o fôlego.
“Com os exercícios, principalmente os aeróbicos, há um ganho na capacidade cardiorrespiratória, aumentando consequentemente a oxigenação do organismo”, explica Alessandro Mesquita, professor de educação física da K2 academia. Dessa forma, durante o sexo a pessoa tem mais disposição e fica menos cansada.
O exercício melhora também a circulação sanguínea em todo o corpo. Com uma boa vascularização, a ereção masculina é mais potente. A disfunção erétil é frequentemente causada por problemas circulatórios. Por isso, uma circulação eficiente garante também a saúde sexual masculina.
Entre as mulheres, a vascularização facilita o orgasmo. E aquelas que praticam atividades físicas também têm mais estrogênio no corpo, hormônio responsável pela lubrificação vaginal no momento da excitação.
Além disso, quem não abre mão do alongamento vai ganhar flexibilidade, que pode favorecer a execução de determinadas posições sexuais.
“O exercício promove uma melhora na condição física de forma geral. Assim que esse bem-estar é assimilado, a pessoa se sente melhor, mais capaz, tanto do ponto físico como emocional”, avalia Diego de Barros, fisiologista do exercício do Hospital do Coração (HCor).
Corpo são
Estar com a autoestima em dia também é um fator importante para a relação. Quando o homem ou a mulher se sentem mais atraentes se tornam melhores amantes e se dedicam de forma mais segura ao sexo. Diego explica que a atividade física traz a sensação de prazer ao corpo, resultado da endorfina liberada após a atividade.
Estar com a autoestima em dia também é um fator importante para a relação. Quando o homem ou a mulher se sentem mais atraentes se tornam melhores amantes e se dedicam de forma mais segura ao sexo. Diego explica que a atividade física traz a sensação de prazer ao corpo, resultado da endorfina liberada após a atividade.
“No período pós-treino, esse hormônio continua sendo secretado e ativa no cérebro a área responsável pelo prazer. É nessa região que está também tudo o que é relacionado ao sexo”, afirma. O acréscimo na sensação de prazer deixa a pessoa mais disposta ao sexo, aumentando a libido.
200 calorias a menos, sexo a mais
Além de ser a arma mais eficiente contra a obesidade e ajudar na prevenção de doenças cardiovasculares e diabetes, dezenas de pesquisas já comprovaram os benefícios que os exercícios podem trazer para a vida sexual. Porém, ainda é difícil quantificar o tempo mínimo de atividade física necessária para garantir esses efeitos no organismo.
Além de ser a arma mais eficiente contra a obesidade e ajudar na prevenção de doenças cardiovasculares e diabetes, dezenas de pesquisas já comprovaram os benefícios que os exercícios podem trazer para a vida sexual. Porém, ainda é difícil quantificar o tempo mínimo de atividade física necessária para garantir esses efeitos no organismo.
No entanto, estudos realizados pelos pesquisadores Stanten e Yeager, em 2003, já apontaram um caminho. De acordo com a análise da dupla, gastar 200 calorias a mais por dia por meio de uma atividade física pode ser a diferença entre apresentar ou não disfunção sexual.
Um estudo da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, com mais de 31 mil homens com idade entre 53 e 90 anos revelou que aqueles que se mantinham fisicamente ativos tinham 30% menos chance de desenvolver impotência sexual em comparação com os sedentários.
Outra pesquisa da mesma universidade, dessa vez com 160 homens e mulheres praticantes de natação, de 40 e 60 anos, mostrou que a turma mais velha tinha uma vida sexual tão satisfatória quanto os mais novos. Os pesquisadores creditaram essa satisfação à realização constante de exercícios.
“A quantidade vai variar muito de pessoa para pessoa. Mas acredito que se alguém fizer exercícios por uma hora, de duas e três vezes por semana, em 20 dias ela já conseguirá perceber a diferença”, aconselha Alessandro Mesquita.
Fonte iG
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