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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Cooperação e integração social aumentam a inteligência

O trabalho em equipe acelera a evolução do cérebro, de acordo com uma nova simulação criada em computador por pesquisadores da Universidade de Dublin, na Irlanda. Publicados no periódico Proceedings of the Royal Society B, os resultados deste estudo apóiam a teoria de que as interações sociais podem ter desencadeado a evolução do cérebro de nossos ancestrais.

Programados para realizar tarefas cooperativas, quando as redes neurais artificiais criadas pelos autores – que serviram como “mini-cérebros” – passaram a trabalhar em equipe, a inteligência desses sistemas evoluiu e aumentou virtualmente ao longo de gerações.

Jogos virtuais
Os pesquisadores atribuíram dois jogos diferentes para estas redes. Um deles, chamado Dilema do Prisioneiro, coloca seus participantes em um cenário onde a cooperação é o melhor para ambas as partes, mas eles ainda podem ser motivados a trair a confiança do companheiro. No cenário, dois suspeitos de um crime são presos. A polícia oferece aos dois a mesma possibilidade: se um delatar o outro, este vai livre. Caso não, eles serão condenados por um crime menor e ambos irão presos, mas por pouco tempo. E claro, se um não entregar e o outro sim, este vai livre enquanto outro ficará na prisão durante um bom tempo.

Em um segundo cenário, dois parceiros devem trabalhar juntos para cavar um buraco na neve. A melhor escolha do ponto de vista de uma das partes é deixar que o outro faça todo o trabalho. Mas se ambos pensarem assim, nada irá acontecer.

As redes neurais artificiais não sabem o que é uma prisão ou um monte de neve, mas jogando matematicamente estes jogos, eles recebem uma recompensa numérica quando evitam uma pena ou cavam um buraco. A equipe de pesquisadores realizou dez experimentos onde 50 mil gerações de redes neurais jogaram. A inteligência foi medida pelo número de nós adicionados em cada rede e em como os jogadores evoluíram com o tempo.

Evolução
As simulações se mostraram eficientes em resolver os dilemas, aponta o principal autor do estudo, Luke McNally. “As estratégias usadas também evoluíram, assim como quando estes jogos foram jogados por seres humanos”.

E elas não foram constantes em todos os momentos. Após várias tentativas, as primeiras redes que começaram a utilizar a cooperação foram as que passaram a criar mais nós e evoluíram para cérebros maiores. Estas redes foram as mais bem sucedidas e logo começaram a “aprender” a identificar trapaceiros e a criar formas de evitá-los ou confundi-los. Uma rede neural inteligente, por exemplo, pode se beneficiar ao jogar com outra rede cooperativa somente para enganá-la e ganhar mais vantagem.

“As redes neurais são nada tão complexo como o cérebro humano”, diz McNally, “mas as experiências virtuais são uma forma de observar a evolução básica em ação sem esperar milhões de anos”. Ele e seus colegas estão agora recolhendo dados de várias espécies de primatas para investigar a relação entre o tamanho do cérebro e a inteligência real.

Fonte O que eu tenho

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