Em São Paulo, ocorrem em média 60 incêndios em hospitais em um ano. Durante a Hospitalar, algumas recomendações foram apresentadas como proteção estrutural, compartimentação, saídas de emergência com largura específica e controle de fumaça
Em São Paulo, ocorrem em média 60 incêndios em hospitais em um ano”. Essa é a afirmação da diretora de projetos da C+A Arquitetura e Interiores, Ana Paula Naffah Perez. Em explanação no XXII Congresso Brasileiro de Engenharia e Arquitetura Hospitalar, ela explicou que as principais ocorrências iniciam-se nos centros cirúrgicos, departamentos que lidam com imagens e relacionados à nutrição.
Diante dessa realidade, Ana Paula conta que é necessário que as instituições implantem medidas de segurança para proteger funcionários e pacientes em casos de incêndios.
“Os hospitais devem estar munidos de áreas de fugas com dispositivos de balizamentos e sinalização para as áreas de fuga”.
Além disso, a executiva chama atenção para o fato de que as instituições de saúde precisam possuir treinamentos regulares nas unidades de saúde sobre como proceder em momentos como estes. E completa ao dizer que garantir a segurança dos pacientes não depende apenas da arquitetura hospitalar e sim da participação de todos.
O capitão do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar de São Paulo, Max Alexandre Schroeder conta que, em caso de incêndio, os hospitais precisam ter domínio do Tempo Requerido de Resistência ao Fogo (TRRF), que consiste no período que o prédio consegue conter o fogo para que seja feita a evacuação do prédio com segurança.
“Por ter pessoas com mobilidade reduzida, os hospitais necessitam de uma atenção especial particularmente em relação às saídas de emergência”.
Schroeder conta que é preciso que os hospitais sigam as normas de seguranças estipuladas pelo Corpo de Bombeiros para que os pacientes possam ser transportados com segurança em caso de incêndio.
Se antigamente os bombeiros cobravam apenas o uso de hidrantes e extintores, atualmente as instituições de saúde necessitam dispositivos que vão desde a brigada de incêndio até medidas de controle de fumaça.
O membro do Corpo de Bombeiros conta que edificações com mais de 750 metros necessitam seguir as exigências do Corpo de Bombeiros da tabela 6H2 para prédios hospitalares. Entre elas, pode-se citar brigada de incêndio, iluminação de emergência, controle de materiais de acabamento, saídas de emergência, alarmes, extintores e hidrantes.
Quanto mais alto o prédio, maior a preocupação com a segurança dos pacientes, afirma o capitão.
Pontos como proteção estrutural, tipos de escada, compartimentação, percursos, áreas de refugio e larguras de saída de emergência são aspectos que devem ser observados pelos gestores de hospitais e arquitetos no momento de construir instituições de saúde.
Proteção estrutural: Significa o tempo que a estrutura tem que resistir ao fogo.
Compartimentação: pode ser divida em horizontal e vertical
Horizontal: Impedir a propagação do incêndio no pavimento de origem e em outros ambientes no plano horizontal.
Vertical: Tem a função de impedir a propagação do incêndio no plano vertical.
Largura da saída de emergência: permitir o abandono do recinto e permitir o acesso das guarnições de bombeiros para o salvamento.
As larguras mínimas a serem adotadas em corredores e acesso as escadas são de 1,65m. No entanto, de acordo com Schroeder essa medida pode variar de acordo com a capacidade de atendimento do hospital.
Rampas: Devem ter largura de 2,20 m
Tipos de Escadas: Exigências feitas de acordo com a altura do prédio. Até 6 m de altura são escadas
abertas. Acima disso, já começa a exigência de escadas protegidas e à medida que aumenta altura essas escadas devem ser à prova de fumaça.
Fonte SaudeWeb
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