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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Efeito de alívio da dor por distração não é apenas psicológico, aponta estudo

Resultados de um estudo alemão comprovam que os efeitos da distração da mente funcionam como uma forma de anestésico natural. E estes efeitos não são apenas psicológicos, mas químicos.

O estudo foi feito com exames de ressonância magnética da medula espinhal, por onde os sinais nervosos do corpo são levados até o cérebro e vice-versa. Enquanto esse exame era feito, os participantes executavam tarefas que exigiam o uso da memória. Essas tarefas foram separadas em dois grupos, onde em um as tarefas eram mais fáceis e no outro mais difíceis. Enquanto respondiam as questões, os pesquisadores aplicavam um nível doloroso de calor em um ponto dos braços dos voluntários.

Os resultados, divulgados no periódico Current Biology, mostraram que aqueles que realizaram as tarefas mais difíceis – e, portanto, estavam mais distraídos – foram os que sentiram menos dor. Os exames de imagem confirmaram que a atividade neural na medula espinhal realmente foi menor durante essas tarefas.

Os pesquisadores do Centro Médico Universitário de Hamburgo-Eppendorf descobriram ainda que o processo envolve a produção dos chamados opióides endógenos, substâncias produzidas pelo próprio cérebro que têm um papel importante no alívio da dor. Quando a produção da substância foi bloqueada, o efeito analgésico da distração caiu em 40%.

“Os resultados mostram que este fenômeno não é apenas psicológico, mas um mecanismo neuronal que reduz a quantidade de sinais de dor que vão da medula espinhal para o cérebro”, conclui Christian Sprenger, principal autor do estudo.

Fonte O que eu tenho

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