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quarta-feira, 9 de maio de 2012

MPF pede cancelamento de registro de fungicidas que podem ser cancerígenos

São Paulo - O Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo entrou com uma ação civil pública pedindo o cancelamento do registro de todos os fungicidas que utilizam o princípio ativo prochloraz. Uma perícia realizada por especialistas do órgão indicou que a substância propicia o aparecimento de câncer de mama, de testículo e de próstata.

O MPF pediu ainda informações sobre os efeitos do prochloraz à saúde e ao meio ambiente ao Instituto Nacional do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os dois órgãos são responsáveis por avaliar a segurança dos produtos destinados ao controle de pragas agrícolas antes da concessão do registro pelo Ministério da Agricultura.

Segundo o MPF, o Ibama classificou o princípio ativo como “altamente persistente no meio ambiente” e “altamente tóxico para os organismos aquáticos”, enquanto a Anvisa informou que o prochloraz é um “possível carcinógeno”, que não é utilizado nos Estados Unidos desde 1989.

O Ministério da Agricultura, no entanto, negou à Agência Brasil que os órgãos competentes indicaram produtos a base de prochloraz como potencialmente nocivos à saúde ou ao meio ambiente. “Portanto, foram considerados seguros para uso no controle de pragas e não foram considerados carcinogênicos ou causadores de danos ao meio ambiente, pois caso tivessem sido caracterizados nestes critérios teriam a emissão de seu registro proibido”, ressaltou o coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins, Luís Eduardo Pacifici Rangel.

Rangel disse ainda que fungicidas feitos com a substância são importantes “para o controle de pragas em momentos estratégicos das culturas”. O MPF diz que atualmente existem três produtos registrados com o princípio ativo: Jade, produzido pela Milenia Agrociências S/A; Mirage 450 EC, produzido pela Agricur Defensivos Agrícolas Ltda; e Sportak 450 EC, produzido pela Bayer S/A

Procurada pela reportagem, a Anvisa não confirmou as informações repassadas ao ministério público.

Fonte Agência Brasil

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