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terça-feira, 7 de agosto de 2012

Hospital da Criança Santo Antônio realiza sete transplantes renais pediátricos em menos de três dias

Em recuperação, os pacientes apresentam bom quadro clínico, sem necessidade de diálise

Da noite de quinta-feira até a tarde de sábado, equipes da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre realizaram sete transplantes renais pediátricos, estabelecendo um recorde brasileiro. As sete crianças passam bem, e em seis delas o novo rim já está funcionando. São três crianças do Rio Grande do Sul, duas do Distrito Federal, uma de Rondônia e outra de Santa Catarina.

De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, os pacientes em recuperação pós-cirúrgica apresentam bom quadro clínico, sem necessidade de diálise. Até a manhã desta segunda-feira, seis deles já urinaram, o que significa que o rim transplantado está em pleno funcionamento e que o procedimento foi um sucesso.

Responsável pela equipe cirúrgica dos transplantes renais pediátricos, o médico Santo Pascual Vitola operou cinco dos sete pacientes. Ele ressalta que o mais importante dessa bonita história que resultou num recorde é o fator solidariedade.

— Sem doação não se faz transplantes. Nós estamos capacitados para transplantar mais, desde que haja essa consciência. É uma vida que se vai, mas pode salvar uma ou mais pessoas — comenta Vitola.

Para a médica Clotilde Garcia, chefe do Serviço de Nefrologia Pediátrica da Santa Casa, esses números resultam da eficiência na gestão do sistema de saúde.

— Estamos muito bem estruturados para realizar os transplantes. O profissionalismo em todos os níveis e a agilidade do sistema de captação e notificação são determinantes para diminuir o tempo de espera por um órgão — avalia a especialista.

Clotilde acrescenta que esse recorde só foi possível porque todos os componentes da complexa estrutura do transplante de órgãos funcionaram: as centrais de transplante do Rio Grande do Sul e dos outros Estados que enviaram pacientes, as equipes de retirada de órgãos da Santa Casa e de outros hospitais gaúchos, o gesto das famílias que doaram os órgãos de quatro crianças, a presença do poder público através do Sistema Único de Saúde, que custeou as cirurgias e facilitou o transporte de órgãos e pacientes, as equipes médicas do Hospital da Criança Santo Antônio, que realizaram os transplantes e trataram das crianças pré e pós transplante.

Atualmente a Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre tem uma média anual de 40 transplantes de rim pediátrico, tendo acumulado experiência em 540 procedimentos já realizados desde 1977. O Hospital da Criança Santo Antônio é considerado centro brasileiro de referência no transplante renal pediátrico e tratamento de insuficiência renal.

Fonte Zero Hora

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