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terça-feira, 11 de setembro de 2012

Técnica experimental permite entrada de medicamentos no cérebro

Método pode melhorar tratamento de doenças do sistema nervoso, câncer cerebral, epilepsia e complicações neurológicas do HIV

Cientistas do National Institute of Environmental Health Sciences (NIEHS), nos EUA, desenvolveram uma técnica capaz de permitir a entrada de agentes terapêuticos no cérebro.

A estratégia tem potencial para melhorar o tratamento de doenças do sistema nervoso centrais, tais como lesão na medula espinhal e no cérebro, câncer cerebral, epilepsia e complicações neurológicas do HIV.

O método experimental, testado em ratos, permite que pequenos agentes terapêuticos atravessem a barreira sangue-cérebro desligando a P-glicoproteína, um dos principais obstáculos que impedem os medicamentos de alcançar seus alvos no cérebro.

"Muitos medicamentos promissores falham porque eles não podem atravessar a barreira sangue-cérebro de maneira suficiente para fornecer uma dose terapêutica ao cérebro. Esperamos que a nossa nova estratégia tenha um impacto positivo sobre as pessoas com distúrbios cerebrais no futuro", afirma o líder da pesquisa David Miller.

A equipe de pesquisa primeiro descobriu que o tratamento de capilares cerebrais de ratos com a droga contra esclerose múltipla Gilenya (fingolimod) estimulou uma via de sinalização específica na barreira sangue-cérebro que rapidamente desligou a P-glicoproteína. Membros da equipe, em seguida, pré-trataram ratos com fingolimod, e administraram três outras drogas que a P-glicoproteína geralmente retira do cérebro.

Eles observaram, então, um declínio dramático na atividade da P-glicoproteína, o que levou a um aumento de cinco vezes na absorção de cada uma das três drogas pelo cérebro.

Segundo os pesquisadores, os resultados abrem uma nova maneira de pensar sobre alvos para a criação de drogas a fim de melhorar o tratamento de determinadas doenças.

"Embora mais pesquisas precisem ser feitas, a entrega de terapias diretamente no sistema nervoso central é uma das últimas fronteiras da farmacoterapia", concluem os autores.

Fonte isaude.net

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