Percepções sobre o próprio corpo e conversa entre as amigas molda como as mulheres jovens se sentem quanto a própria imagem.
O estudo, feito por pesquisadores canadenses, diz que as amigas são as principais responsáveis pelo modo como mulheres jovens se enxergam no espelho e julgam a própria aparência. A opinião das amigas, dizem os autores, muitas vezes é o mais importante do que as opiniões pessoais.
A pesquisa foi feita pela equipe de Louise Wasylkiw e Molly Williamson e publicada no periódico Sex Roles e partiu da análise de aproximadamente 150 jovens mulheres, com nível universitário e que participaram de diversas entrevistas, testes e questionários sobre temas femininos diversos (peso, necessidade de ir para a academia, aparência, alimentação e dietas). Elas também foram analisadas sobre o peso do seu círculo social na tomada de decisão nesses assuntos também.
“Quanto mais o círculo de amizades pressiona, mas esses assuntos se tornam prioritários para essas mulheres. E essa pressão nem sempre é feita diretamente. Muitas vezes trazer o assunto à tona repetidamente – como o quanto se emagreceu ou precisa emagrecer ou então criticar alguém de fora do grupo pelo peso – é uma forma de pressão”, diz Wasylkim.
“Mesmo mulheres que estão dentro do seu peso ideal se sentem menos satisfeitas com seu peso quando isso acontece”, completa a pesquisadora.
De acordo com as autoras as preocupações com a própria imagem dessas jovens mimetizam o que as amigas dizem sobre si. “Há uma percepção de que as amigas estão falando delas e não sobre seus problemas”, diz a autora.
“Nossa pesquisa demonstrou que o círculo de amizade é influenciado mutuamente em ao menos três processos. Primeiro a percepção sobre o próprio peso. Segundo sobre a pressão sentida quando assuntos como esse são abordados. E finalmente como a percepção alheia contribui para levantar dúvidas sobre a própria imagem. Mesmo que essas percepções sejam baseadas na realidade, elas tendem a ser percebidas como uma pressão social para um determinado comportamento”, finalizam as autoras.
Fonte O que eu tenho
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