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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

TI em saúde se beneficia com reeleição de Obama

O programa de incentivo para TI em Saúde do governo federal continuará, mas análises de mercado sugerem que a maior ameaça para o programa de incentivo EHR é o entrave fiscal
 
Após a reeleição do Presidente Obama e os democratas manterem o controle do Senado Americano, o futuro parece promissor para o campo da TI em Saúde.
 
O resultado da eleição sugere que os ataques ao programa de incentivo de registros eletrônicos de saúde do governo pelos Republicamos podem perder a força ou desaparecer completamente. Coincidentemente, o Comitê de Política de TI em Saúde reuniu-se para discutir suas recomendações para o Meaningful Use Stage 3.
 
Robin Raifor, diretora de pesquisas para a prática de Meaningful Use do Advisory Board Co., uma empresa de consultoria de saúde, participou da reunião do comitê, que foi presidida por Farzad Mostashari, coordenador nacional de saúde de TI. De acordo com Mostashari, o comitê “vai avançar e os trabalhos serão finalizados.
 
“Como muitos outros que estão trabalhando nessa área, eu esperava que o momento não passasse. Então foi com grande alívio que soubemos que ele continuaria”, diz Robin.
 
Mesmo antes da eleição, ela não esperava uma mudança abrupta no suporte federal para a TI em saúde. Uma razão para essa estabilidade, segundo ela, é que o Hitech Act que autoriza o programa de incentivo do EHR – parte do American Recovery e Reinvestment Act – não pode ser mudado ou revogado por ordem do executivo.
 
Pela mesma razão, os críticos do congresso ao programa de incentivo, que até o momento já desembolsou cerca de US$ 7,7 bilhões, não podem forçar o Departamento de Saúde e Serviços Humanos a suspender os pagamentos a não ser que consigam suporte político suficiente para revogar a lei. Isso só aconteceria se houvesse uma mudança Republicana no Congresso e na Casa Branca.
 
Robin também questionou a base na qual quatro comitês da Câmara e presidentes de subcomitês reclamaram sobre o programa para a Secretária de Saúde e Serviços Humanos, Kathleen Sebelius. Os líderes republicanos cobraram a falta de progresso em interoperabilidade, mas Robin observou que o Escritório de Coordenação Nacional de TI em Saúde “precisa começar de algum lugar. Não podem apenas encurralar as pessoa e dizer: ‘é isso que vamos fazer’”.
 
A maior ameaça para o programa de incentivo do EHR, segundo a diretora, é o entrave fiscal de gastos e taxas que o país está enfrentando. Com o impasse no Congresso entre Democratas e Republicanos, ela espera uma batalha feroz no que deve ser cortado para reduzir o benefício. Mas dado ao sucesso até o momento do programa, será difícil que os líderes do Congresso criem uma razão para acabar com ele.
 
O furacão Sandy talvez tenha fornecido outra razão para preservar o programa. Em contraste com a grande perda de registros médicos em Nova Orleans após o furacão Katrina, os registros que sobreviveram após o Sandy são os que tinham compartilhamento de informação em Nova York: “É preciso pensar no que isso significa quando vemos recém-nascidos sendo transferidos (de NYU Langone Medical Center). Como Farzad disse hoje, é preciso dar vida aos dados”.
 
Robin também apontou que é possível que o governo recupere alguns ou todos os fundos que está gastando em TI, nem que somente em multas: “O dinheiro virá (para financiar o programa de incentivo) das pessoas que não mostram o Meaningful Use e comecem a devolver o pagamento em ajustes, a partir de 2015.
 
A TI de Saúde também beneficiará os provedores de saúde de muitas outras maneiras. Assim que os médicos implementarem seu aprendizado que os ajudará a ficarem mais eficientes, possibilitando a consulta de mais pacientes quando a demanda começar a aumentar por causa do Affordable Care Act.

E também, a TI em saúde ajudará as organizações de saúde a melhorarem a qualidade e baixarem os custos, o que não só beneficiará os pacientes, mas também possibilitará que eles fiquem bem sob o programa de reembolso com base no valor da Medicare.
 
Por essas e outras razões, a TI em Saúde deve continuar a crescer na taxa atual por algum tempo: “Não é possível atingir nenhum desses programas por meio de papel”.
 
Tradução: Alba Milena, especial para o Saúde Web
 
Fonte: Ken Terry InformationWeek; replicada pela InformationWeek Brasil

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