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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Descubra os tipos de anestesia e qual é indicada para cada caso

A anestesia local é o procedimento anestésico mais comum,
sendo usado para bloquear a dor em pequenas regiões do corpo
O anestesiologista é responsável por injetar na veia os medicamentos que induzem ao sono
 
Quando o assunto é cirurgia, é impossível não citar as possíveis complicações e o receio pela aplicação da anestesia. Há pacientes que preferem adiar o procedimento por receio de não despertar ou acordar no meio da cirurgia.

A anestesia é um procedimento que permite a ausência de sensações, bloqueando a capacidade do cérebro de reconhecer um estímulo doloroso. E antes de submeter a qualquer procedimento cirúrgico, o paciente deve conversar com o médico e contar se teve algum caso na família de problema com anestesia para prever possíveis complicações.

Segundo o cirurgião plástico Luiz Anízio Wanna, a anestesia é aplicada por especialistas que cursaram seis anos de faculdade de Medicina e mais dois ou três anos de curso de especialização.

— É possível determinar o tipo de anestesia aplicada em uma cirurgia por meio do histórico do paciente, tipo de cirurgia a ser realizada, tempo operatório, exames complementares e físico. Após ser definida, o médico deve passar algumas orientações ao paciente em relação ao pré e pós-operatório para garantir a segurança no momento da cirurgia – explica.

Segundo a Sociedade Americana de Anestesiologia, as taxas de mortalidade relacionadas à anestesia caíram nos últimos 25 anos.

— A evolução do procedimento garante segurança e tranquilidade ao paciente antes, durante e após a intervenção cirúrgica. Equipamentos e inovações técnicas controlam a pressão arterial, pulso, ritmo cardíaco, respiração, temperatura e outras funções orgânicas, permitindo que a cirurgia ocorra sem complicações – destaca Wanna.

Anestesia: segura e eficaz contra a dor
O anestesiologista será o médico responsável por injetar na veia os medicamentos que induzem o paciente ao sono. Depois, o paciente recebe um anestésico, administrado por via inalatória para eliminar a dor.

Em seguida é aplicado um relaxante muscular que bloqueia temporariamente a passagem dos impulsos elétricos do nervo para o músculo, impedindo contrações involuntárias.

Logo após, o paciente fica em um estado de sono profundo e os médicos podem fazer a cirurgia com segurança.

Os tipos mais comuns de anestesia na prática médica são: geral, peridural, raquidiana e local. O cirurgião plástico Luiz Anízio Wanna explica cada um desses procedimentos e qual é indicada para cada caso:

Anestesia geral
Por meio da administração de medicamentos, o paciente é mantido inconsciente, sem dor e imóvel durante todo o procedimento. São injetados medicamentos que induzem o sono por meio de um tubo na laringe.

A anestesia pode ser aplicada junto com o oxigênio e, chegando ao pulmão, é absorvida entrando na corrente sanguínea. Outra forma de aplicar a anestesia geral é por meio de doses repetidas na veia do paciente.

É indicada para operações no abdome superior, tórax, cabeça, pescoço, cirurgias cardíacas e neurológicas. Operações em crianças, normalmente, são realizadas com anestesia geral, para evitar que se traumatizem ou fiquem inquietas durante o procedimento.

— Recomendamos a anestesia geral quando o procedimento cirúrgico é muito complexo e necessita que sejam anestesiadas várias regiões do corpo — ressalta o cirurgião plástico.

Anestesia local
A anestesia local é o procedimento anestésico mais comum, sendo usado para bloquear a dor em pequenas regiões do corpo. A aplicação é feita na região em que a pequena cirurgia será efetuada, o anestésico atinge as terminações nervosas da pele.

É indicada para operações simples, que envolvem pequenas áreas, como algumas cirurgias plásticas ou para suturar cortes (dar pontos).
 
Anestesia peridural
A aplicação é feita na coluna vertebral, próximo às raízes nervosas.

— O anestésico é injetado na região peridural que fica ao redor do canal espinhal, e não propriamente dentro, como no caso da raquianestesia. Além disso, a peridural pode continuar sendo administrada no pós-operatório para controle da dor nas primeiras horas após a cirurgia — garante o médico.

A peridural é realizada por meio de anestésicos locais na região responsável por transmitir a sensação de dor até o cérebro. A aplicação da anestesia é indolor e segura, desde que realizada por profissionais qualificados.

É indicada para cirurgias de curta a média duração nos membros inferiores, região pélvica, abdome, implantes mamários e outros procedimentos cirúrgicos realizados abaixo da cintura.

Anestesia raquidiana
A presença do anestésico dentro da coluna espinhal bloqueia os nervos que passam pela coluna lombar, impedindo que os estímulos dolorosos dos membros inferiores e do abdome cheguem ao cérebro. O anestésico é injetado em uma região abaixo da medula, onde só há filamentos nervosos.

É indicada para operações nas pernas, abdome inferior (apendicite, útero, ovário, bexiga) e cesarianas. No procedimento, o paciente pode receber a aplicação deitado, de lado ou sentado.

Converse com o seu médico
Procure tirar todas as dúvidas sobre o pré e pós-operatório, tempo de recuperação da cirurgia e não esconda informações do seu médico.

— Antes da aplicação da anestesia fica difícil diagnosticar se o paciente é alérgico ou não. Por isso, é importante relatar todos os medicamentos que toma e a quais alimentos ou substâncias apresenta alergia para evitar complicações — finaliza Luiz Anízio Wanna.
 
Fonte Diário Catarinense

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