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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Obstrução nas trompas é uma das principais causas de infertilidade

Obstrução nas trompas é uma das principais causas de infertilidade Jeisa P./Morguefile
Quando a trompa não consegue conduzir o óvulo até o útero,
a fecundação e a gravidez não ocorrem
Procedimento cirúrgico pode ser alternativa, outra indicação é investir em uma fertilização in vitro
 
As trompas têm o objetivo de captar o óvulo – liberado durante a ovulação – para que ele possa encontrar o espermatozoide e, assim, ocorrer fecundação dentro delas.

— Mas quando elas estão obstruídas isso não acontece, e essa é uma das principais causas da infertilidade — diz o ginecologista Joji Ueno, doutor em medicina pela USP e responsável pelo setor de Histeroscopia Ambulatorial do Hospital Sírio Libanês.

Segundo Ueno, a obstrução das trompas é considerada uma causa mecânica da infertilidade feminina.

— Estando obstruída, a trompa não conseguirá conduzir o óvulo do ovário até o útero, impedindo a fecundação e a gravidez — explica.

O problema pode ser causado por infecções ginecológicas, como a clamídia ou gonococos; formação de cicatrizes após cirurgias, pela endometriose; ou quando a mulher decide fazer a laqueadura para não ter mais filhos.

— Em algumas situações, é possível realizar uma cirurgia para desobstrução — informa o médico.

Com uma laparoscopia é possível abrir as trompas quando a área obstruída é pequena. Mas se o procedimento cirúrgico não for uma boa alternativa, o indicado é investir em uma fertilização in vitro, evitando assim expor a mulher ao estresse de uma gravidez interrompida. Neste caso, as taxas de sucesso na concepção variam muito – de apenas 10% até 70%, dependendo do bloqueio e da quantidade de cicatrizes após a cirurgia.

No caso da laqueadura, existem duas opções: a reversão cirúrgica e a fertilização in vitro.

Como avaliar se as trompas estão normais

Existem dois métodos diagnósticos capazes de verificar a funcionalidade das trompas uterinas:

Histerossalpingografia: exame radiológico que, após a introdução de um líquido de contraste radiopaco, permite a visualização e a documentação da passagem do mesmo pelo aparelho reprodutivo, simulando o trajeto percorrido pelo sêmen.

Por meio deste exame é analisado o canal cervical, a cavidade do útero, a permeabilidade das trompas e a dispersão do contraste no abdome. No entanto, é um exame de difícil interpretação.

Há uma limitação que é o não seguimento dos corretos preceitos técnicos para a sua realização, o que pode aumentar o desconforto da paciente submetida ao exame. Apesar disso, ainda é um exame muito solicitado para a avaliação do fator tubário.

Vídeolaparoscopia: exame realizado com anestesia geral, permite visualizar por meio de imagens o interior do abdome e identificar a anatomia do aparelho reprodutivo. É o exame mais preciso para avaliar a integridade das trompas e diagnosticar uma série de anormalidades, como é o caso da endometriose.
 
Fonte Diário Catarinense

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