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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Mulheres com TPM têm quatro vezes mais chances de depressão pós-parto

Resultado de estudo mostra necessidade de começar já no pré-natal acompanhamento diferenciado para pacientes com TPM

Pesquisa realizada na maternidade do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) mostra que as mulheres, que durante a TPM apresentavam ao menos três dos sintomas classificados como emocionais, como tristeza, choro fácil, insônia, irritabilidade, têm quatro vezes mais chances de desenvolver depressão pós-parto em relação às mulheres que não apresentam esse tipo de comportamento.

O resultado do estudo mostra a necessidade de começar já no pré-natal um acompanhamento diferenciado para as mulheres que apresentarem esses tipos de sintomas, diz o professor Antônio Carlos Vieira Cabral, obstetra e orientador do estudo.
 
A associação entre os dois momentos existe devido a várias semelhanças entre os sintomas da tensão pré-menstrual e da depressão pós-parto. " São períodos em que a ação hormonal é semelhante, com redução nos níveis de progesterona e dos hormônios da tireóide, por exemplo" , explica.
 
Mais recentemente, verificou-se também similaridade na ação da serotonina nestes dois momentos. Apesar de desempenhar diversas funções no organismo, este neurotransmissor é mais conhecido exatamente por sua associação com o humor. " Existe uma queda de serotonina tanto na TPM quanto no pós-parto, e algumas mulheres são mais afetadas por esse declínio do que outras" , afirma o professor.
 
Para Antônio Cabral, o número de mulheres atingidas pelo problema torna o estudo extremamente relevante. " A depressão pós-parto atinge cerca de 30% a 40% das novas mães, enquanto de 20% a 25% das mulheres são acometidas por algum tipo de tristeza durante a TPM" , afirma. " E é um problema que pode ser reduzido com um controle bem simples" .
 
A pesquisa foi desenvolvida pela psicóloga do Programa de Pós-Graduação em Saúde da Mulher da UFMG, Elza Alves de Morais. Ao todo, 94 mulheres foram acompanhadas nas primeiras semanas de pós-parto por um período de dez meses. Os dados foram obtidos por meio da comparação entre dois questionários: um levantamento dos sintomas e sinais do período pré-menstrual que antecederam a gravidez e a Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo (EPDS, na sigla em inglês), que contém dez questões referentes aos sintomas depressivos observados no período pós-parto.
 
Atenção especial
" As gestantes com risco identificado para depressão pós-parto podem receber acompanhamento psicológico no período, além dos cuidados normais" , afirma Cabral. O mesmo deve ocorrer no pós-parto imediato, com uma checagem que possa identificar precocemente sintomas da depressão pós-parto. " Este acompanhamento permite que a resposta ao problema seja mais rápida, antes que o problema se agrave" , comenta o professor.
 
Este protocolo de atendimento, com a entrevista prévia do histórico de sintomas pré-menstruais já está em utilização no Ambulatório Jenny Faria do Hospital das Clínicas da UFMG, onde é realizado o atendimento pré-natal. " O questionário é aplicado na primeira vez que a mulher é atendida, permitindo que ela receba o acompanhamento multidisciplinar desde o início" , explica Antônio Cabral.

Depressão pós-parto
A depressão pós-parto é uma depressão moderada ou grave, desencadeada poucas semanas após o parto. Além dos sintomas comuns à depressão - como tristeza exacerbada, reclusão, falta de energia - a mãe pode apresentar sentimentos negativos em relação ao bebê e incapacidade de cuidar direito da criança. E a falta de compreensão pode contribuir para a piora da situação. " As pessoas muitas vezes não entendem como a mãe pode deixar o bebê de lado, o que aumenta o sentimento de culpa" , afirma o professor Antônio Cabral.
 
Fonte isaude.net

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