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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Nanopartícula de ouro supera radioterapia padrão no tratamento do câncer

Equipe desenvolveu nanopartícula banhada de ouro que serve como uma cela para os elementos
Imagem: MU News Bureau
Equipe desenvolveu nanopartícula banhada de ouro que
 serve como uma cela para os elementos
Nanopartículas transportam e entregam 'partículas alfa' radioativas diretamente a tumores para o tratamento
 
Pesquisadores dos EUA criaram uma nanopartícula de ouro capaz de transportar poderosas partículas radioativas diretamente a tumores para o tratamento.
 
Normalmente, quando o tratamento com radiação é recomendado para pacientes com câncer, os médicos são capazes de escolher entre vários radiofármacos que utilizam partículas de radiação de baixa energia, conhecidas como partículas beta.
 
Durante anos, os cientistas vêm estudando como usar "partículas alfa", que são partículas radioativas que contêm uma grande quantidade de energia, em tratamentos de câncer. Os desafios para a utilização de partículas alfa, que são mais de 7 mil vezes mais pesadas do que as partículas beta, incluem confinar as partículas alfa em um local designado no interior do corpo, evitando que a radiação vague para os órgãos e tecidos saudáveis.
 
"Se você pensar em partículas beta como estilingues, as partículas alfa seriam semelhantes a balas de canhão. Os cientistas têm tido alguns sucessos com partículas alfa, recentemente, mas nada que possa combater diferentes tipos de câncer. Por exemplo, um estudo utilizando o cloreto de rádio-223, que emite partículas alfa, tem sido acelerado pela Food and Drug Administration EUA (FDA) porque foi demonstrado ser eficaz no tratamento do câncer de osso. No entanto, ele só funciona para câncer de osso porque o elemento, o rádio, é atraído para o osso e permanece lá. Acreditamos ter encontrado uma solução que vai nos permitir direcionar partículas alfa para locais de câncer em outras partes do corpo de uma forma eficaz", explica J. David Robertson, da University of Missouri.
 
Robertson e seus colegas usaram o elemento "actínio", conhecido como "emissor alfa" porque produz partículas alfa. Conforme ele enfraquece, o actínio cria três elementos adicionais que produzem partículas alfa. Devido à força dessas partículas, porém, manter os elementos no lugar em locais de câncer não era possível, até a equipe desenvolver uma nanopartícula banhada de ouro, que serve como uma cela para os elementos, mantendo-os no lugar do câncer.
 
O ouro tornou a nanopartícula forte o suficiente para segurar o actínio, e outros emissores alfa que eventualmente forem criados, por tempo suficiente para que as partículas alfa destruíssem as células cancerosas próximas.
 
"A realização desses emissores alfa é um desafio técnico que pesquisadores vêm tentando superar a 15 anos. Com o nosso projeto de nanopartículas, nós somos capazes de manter mais de 80% do elemento dentro da nanopartícula 24 horas após a sua criação", afirma Robertson.
 
Enquanto as partículas alfa são extremamente poderosas, elas não viajam muito longe, por isso, quando as nanopartículas chegam perto de células cancerosas, as partículas alfa saem e destroem a célula de forma muito mais eficaz do que as opções atuais de terapia de radiação.
 
Os resultados em estágio inicial desta pesquisa são promissores. Se estudos adicionais forem bem-sucedidos nos próximos anos, a equipe irá solicitar ao governo federal o início do desenvolvimento de drogas para humanos. Após a concessão desse status, os pesquisadores podem realizar testes clínicos em humanos com a esperança de desenvolver novos tratamentos anticâncer.
 
 
Fonte isaude.net

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