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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Roche renova portfólio em resposta à quebra de patente

A Roche acredita que é necessário uma aproximação cada
 vez maior com o poder público
Em todo o mundo, as grandes indústrias farmacêuticas enfrentam problemas com o vencimento de patentes importantes, o que abre mercado para a produção de medicamentos genéricos.
 
Por isso, mesmo com o crescimento do setor de saúde, muitas delas acabam tendo dificuldades para manter o faturamento em alta. Uma estratégia que se tornou comum para enfrentar esse problema foi investir justamente na produção de genéricos, ideia adotada por gigantes como Pfizer e Novartis.
 
Na opinião de Severin Schwan, presidente global da Roche, essa talvez não seja a melhor saída. “A indústria como um todo enfrenta uma crise de patentes. No caso da Roche, procuramos evitar isso investindo na renovação constante do nosso ‘pipeline’”, afirmou o executivo ao Brasil Econômico.
 
“É isso que nos permiti substituir uma droga cuja patente venceu por outra com resultados ainda melhores.” Anualmente, o laboratório investe cerca de 20% de seu faturamento na pesquisa e desenvolvimento de novos produtos.
 
Boa parte dessa verba, que no ano passado foi de € 6,84 bilhões se destina à pesquisa de tratamentos complexos, como os remédios contra o câncer, nicho em que a companhia tradicionalmente atua.
 
O resultado da opção pelos investimentos em produtos inovadores pode ser visto no desempenho operacional da companhia. Em 2012, o setor de oncológicos da empresa cresceu 9%, quase o dobro dos 5% registrados pela área de medicamentos como um todo.
 
“Hoje essa é a nossa principal área de atuação”, diz Daniel O’Day, diretor de operações da divisão Farmacêutica da Roche.
 
O aumento da busca por esse tipo de remédio acontece ao mesmo tempo em que há uma mudança no perfil dos países consumidores de medicamentos.
 
Em 2012, o mercado europeu encolheu 2% para a Roche. Enquanto isso, países como China e Brasil viram sua participação aumentar, com crescimento de 24% e 11%, respectivamente.
 
“Com o avanço da inovação, mesmo as drogas mais complexas e caras se tornam cada vez mais acessíveis para os mercados emergentes”, afirma O’Day. “O mercado de oncológicos no Brasil é muito forte para nós.”
 
Para que o crescimento nessas regiões siga acima da média a Roche acredita que é necessário uma aproximação cada vez maior com o poder público.
 
“Para que tenhamos mesmo as drogas mais caras acessíveis ao máximo de gente possível, é preciso fortalecer nossas parcerias, principalmente com os governos, médicos e hospitais. Quando necessário, podemos até mesmo negociar preços diferentes para um determinado país”, diz Schwan.
 
Ontem, a empresa realizou, em sua sede na cidade de Basiléia, na Suíça, a divulgação dos resultados globais de 2012. No período, o faturamento foi de € 36,7 bilhões, uma alta de 4% em relação ao ano anterior. O setor de medicamentos representa 77% deste total.
 
Aquisições
O executivo deixa em aberto a possibilidade de realizar aquisições ao longo deste ano. “Mantemos em nosso radar negócios de pequeno ou médio portes que tenham alguma inovação que venha a somar ao nosso portfólio.”
 
Ao longo do último ano, a Roche se viu em meio a negociações pela compra da Illumina, empresa americana especializada em genética. O laboratório suíço chegou a oferecer US$ 6,7 bilhões pela companhia, mas a proposta foi rejeitada pelos acionistas da americana.
 
No início deste ano, a Roche afirmou que não via grandes possibilidades de chegar um acordo sobre a compra no curto prazo.
 
Fonte SaudeWeb

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