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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Remédio usado no controle do diabetes elimina tumores do pulmão

Teste com ratos pode dar esperança a pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas cujos tumores não têm o gene LKB1
 
Pesquisadores do Instituto Salk para Estudos Biológicos, nos EUA, descobriram que a fenformina, derivada da droga metformina amplamente utilizada no tratamento do diabetes, reduz o tamanho dos tumores de pulmão em camundongos e aumentou a sobrevivência dos animais.
 
As descobertas podem dar esperança a quase 30% dos pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas cujos tumores não têm o gene LKB1 (também chamado STK11).
 
O gene LKB1 ativa uma enzima metabólica chamada AMPK quando os níveis de energia de ATP, moléculas que armazenam energia, estão baixos nas células.
 
Pesquisas anteriores demonstraram que células sem uma cópia normal do gene LKB1 deixam de ativar AMPK em resposta a baixos níveis de energia. A ativação de AMPK dependente de LKB1 serve como um ponto de verificação de baixa energia na célula. As células que carecem de LKB1 são incapazes de detectar tal estresse metabólico e iniciar o processo de restauração dos níveis de ATP após uma alteração metabólica. Como resultado, as células LKB1 mutantes ficam sem energia celular e sofrem apoptose, ou morte celular programada, ao passo que as células com LKB1 intactas são alertadas para a crise e corrigem seu metabolismo.
 
"A ideia por trás da pesquisa é saber que a AMPK serve como um sensor para a perda de energia nas células e que células deficientes em LKB1 não têm a capacidade de ativar a AMPK e de sentir a perda de energia", afirma o líder do estudo David Shackelford.
 
Isso levou Shaw e sua equipe a uma classe de medicamentos chamados biguanidas, que reduzem os níveis de energia celular atacando as fontes de energia das células, chamadas mitocôndrias. Metformina e fenformina inibem mitocôndrias, no entanto, fenformina é quase 50 vezes mais potente que a metformina.
 
No estudo, os pesquisadores testaram fenformina como um agente de quimioterapia em camundongos sem LKB1 e que tiveram tumores de pulmão em estágio avançado. Depois de três semanas de tratamento, Shaw e sua equipe tiveram uma redução modesta no peso do tumor em ratos.
 
A equipe testou ainda o medicamento em tumores em fase mais inicial. Eles descobriram que o tratamento precoce com fenformina provoca aumento de sobrevida e progressão mais lenta a de tumores em células cancerosas sem LKB1, mas não teve nenhum benefício significativo para tumores com alterações nos genes de outros cânceres de pulmão.
 
"Este estudo é uma prova de princípio de que as drogas deste tipo causam estresse na energia e reduz os níveis de ATP até que isso possa matar as células deficientes em LKB1 sem danificar células normais e saudáveis", observa o autor sênior Reuben Shaw. O próximo passo é determinar se fenformina por si só seria suficiente como uma terapia para certos subconjuntos de câncer de pulmão, ou se a droga teria um melhor desempenho em combinação com drogas anticâncer já existentes.

Fonte isaude.net

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