As crianças cujas mães estavam deprimidas durante o primeiro ano de vida têm um risco maior de sofrer com transtornos mentais, afirmam pesquisadores da Universidade Bar-Ilan, em Israel.
Segundo o estudo, 60% das crianças nascidas de mães que sofreram com depressão no primeiro ano de vida de seus filhos apresentaram transtornos mentais quando ficaram mais velhas. As crianças, semelhantes aos de suas mães, também mostraram um funcionamento desordenado do sistema de oxitocina.
A oxitocina é um hormônio presente nos mamíferos que está envolvido com a reprodução sexual, parto, amamentação e vínculo afetivo. Os pesquisadores estudaram o estado de saúde mental, os níveis de oxitocina, a variação genética nos receptores de oxitocina e as interações em 155 mães juntamente com seus filhos. As mulheres foram entrevistadas para determinação de seu estado mental logo após o nascimento de seus filhos e quando as crianças completaram seis e nove meses.
Dos pares mãe-filho participantes, 30% das mães foram diagnosticadas com depressão e manifestaram sintomas da doença durante o primeiro ano de vida da criança, sendo que essas apresentavam variações desordenadas no sistema de oxitocina. Quando as crianças completaram seis anos de idade, a maioria daquelas nascidas de mães deprimidas apresentou transtornos mentais, mas 40% demonstraram um funcionamento normal do sistema de oxitocina, sem sintomas de doença mental, mais compromissos sociais e comportamentos empáticos.
Segundo Ruth Feldman, responsável pelo estudo, o funcionamento correto da oxitocina ajuda a proteger algumas crianças contra os efeitos da depressão materna crônica. Os resultados da pesquisa foram apresentados American College of Neuropsychopharmacology Annual Meeting.
Fonte UPI
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