Abracro lança prêmio para estimular pesquisa clínica no Brasil

A iniciativa busca estimular o desenvolvimento de novos estudos
 e métodos, assim como reconhecer pesquisadores locais

Iniciativa busca estimular o desenvolvimento de novos estudos e métodos, assim como reconhecer pesquisadores locais. Confira os detalhes

 

Com o compromisso de contribuir para o desenvolvimento da Pesquisa Clínica no Brasil, a Abracro (Associação Brasileira de Organizações Representativas de Pesquisa Clínica) lança a primeira edição do Prêmio Excelente Profissional de Pesquisa Clínica.

 

A iniciativa busca estimular o desenvolvimento de novos estudos e métodos, assim como reconhecer pesquisadores locais. A premiação tem como tema principal: A importância da documentação na pesquisa clínica. “Buscamos estudos que proponham soluções inovadoras e viáveis para a execução da pesquisa clínica no Brasil”, ressalta o presidente da Abracro, Daniel Lang.

 

O presidente aponta para a morosidade no sistema de aprovação das pesquisas como o principal entrave para o crescimento do setor no País. “Quando comparamos nossa realidade com a de outros centros, percebemos nossa enorme desvantagem. Para se ter uma ideia, na Europa o processo de aprovação de uma pesquisa leva, em média, 80 dias. Nos EUA, são gastos apenas 60 dias. Aqui no Brasil, o trâmite demora cerca de um ano. Esse déficit coloca o País num patamar muito baixo de inovação da indústria nacional, o que requer uma mudança urgente”, contextualiza o presidente.

 

Para se ter uma ideia, só no ano passado, 140 pesquisas clínicas deixaram de ser realizadas no Brasil, devido aos problemas enfrentados pela indústria farmacêutica, principalmente, com relação à demora para a aprovação das pesquisas. Segundo estudo realizado pela Associação, em 2012, o volume de estudos clínicos que aguardava aprovação da Conep (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa) gerou impacto direto no tratamento de mais de 2,5 mil pacientes com doenças graves.

 

De acordo com a Anvisa, apenas 4% das pesquisas clínicas realizadas no Brasil estão na fase 1, etapa em que um novo princípio ativo de medicamento é testado em humanos, pela primeira vez.

 

Para Lang, a premiação tende a contribuir para a transformação desse cenário, pois o reconhecimento do pesquisador é uma maneira de estimular a atualização de métodos e padrões, o aperfeiçoamento técnico-científico e o desenvolvimento de profissionais diferenciados e motivados.

 

O prêmio será entregue aos três trabalhos que atingirem as melhores pontuações. Serão R$ 5 mil para o primeiro colocado, R$ 3 mil para o segundo e R$ 2 mil para o terceiro. Definida dentro dos parâmetros de um júri composto por sete especialistas, a classificação dos artigos inscritos seguirá os critérios determinados no regulamento, disponível no site da organização. Caso os trabalhos enviados não atinjam os requisitos para a pontuação mínima, a premiação ficará em aberto. Além de concorrerem ao prêmio em dinheiro, todos os participantes terão um certificado de participação.

 

Cada candidato poderá enviar somente um trabalho. A Comissão Julgadora considerará o autor principal inscrito no concurso para os artigos com mais de um autor. Os participantes poderão efetuar a inscrição até dia 30 de junho, no formulário eletrônico disponível no site da organização.

 

Fonte Saudeweb