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sexta-feira, 22 de março de 2013

UDDO investe em parcerias hospitalares

Há quase 30 anos, dois médicos recém-formados e ávidos por desafio e desenvolvimento profissional encontraram na medicina nuclear uma forma de fugir da trivial rotina médica
 
A UDDO, empresa paulista de diagnósticos médicos de imagem, posiciona-se cada vez mais na área de medicina nuclear. Para 2013, a instituição planeja trazer novos traçadores para PET-CT, que permitirão ao laboratório a realização de inúmeros outros exames.
 
A instituição, que possui uma unidade própria e outras duas instaladas no Hospital Samaritano e no Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC), ambos em São Paulo, tem maior demanda por exames de perfusão de miocárdio, que representa 65% do total realizado. “Temos 10% de PET-CT, por conta da capacidade instalada destes equipamentos que são mais robustos e temos os outros exames”, conta Shlomo Lewin, um dos sócios fundadores da UDDO.
 
De acordo com o executivo, a empresa pretende trabalhar com parceiros hospitalares, pois a infraestrutura hospitalar garante mais tranquilidade e previsibilidade de demanda. Prova disso é que em 2013, a principal meta da instituição é consolidar a operação do IBCC, que contará com troca de equipamentos e exigirá investimentos em treinamento de equipe, principalmente.
 
“Eventualmente, podemos partir para parcerias com outros hospitais ainda em São Paulo. Hoje, a especialidade de medicina nuclear tem mais projeção do que no passado tanto na área médica quanto diagnóstica”, pontua.
 
Orientada pelas normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear, a UDDO não possui acreditação. “Mas dentro dos hospitais em que atuamos seguimos os padrões de qualidade exigidos pelas acreditações destas instituições”, reforça Lewin.
 
Com um crescimento médio de 10% ao ano, a UDDO também atua com o serviço de Hand Held Gamma Probe, que disponibiliza aos centros cirúrgicos a sonda portátil (gamma probe) e uma equipe multidisciplinar, para localização de tumores e linfonodo sentinela durante a cirurgia. O serviço inclui desde o preparo de pacientes com administração de radiofármaco (substância radioativa que serve como contraste) até envio de equipe especializada da UDDO e do equipamento ao hospital para auxiliar o cirurgião. O serviço já atende mais de 1200 cirurgias por ano e cerca de 40 centros cirúrgicos da Grande São Paulo.
 
Medicina nuclear é a nova radiologia?
Enquanto a radiologia engloba procedimentos de diagnósticos por imagem feitos a partir de raios-x, gerando imagens anatômicas, a medicina nuclear traz diagnósticos a partir da injeção de material radioativo, proporcionando um exame fisiológico e anatômico.
 
De acordo com o sócio fundador da UDDO, um não é comparável com o outro. “A radiologia começou com raios-x, depois veio a tomografia e a ressonância (feita com imãs). A medicina nuclear tem um outro conceito”, posiciona.
 
O segmento engloba o diagnóstico e o tratamento. “No caso do câncer de tireoide, principalmente, a medicina nuclear é considerada um protocolo de tratamento, pois queima o resto das células”, exemplifica.
 
Tecnologia também traz evidência
Cada vez que há mais tecnologia incorporada na saúde, existe uma grande discussão quanto a eficiência. Retoma-se, portanto, a chamada medicina baseada em evidências, que garante que a prática clínica seja feita baseado cientificamente.
 
Para Lewin, o médico precisa usar todo o elenco de informação acumulado na vida clínica para tomar uma decisão e os exames são facilitadores. “Quando me formei, casos de pacientes mais complexos só eram resolvidos e identificados depois de submetê-los a uma cirurgia. Com o avanço da medicina, o paciente passa por procedimentos menos invasivos antes de fazer um processo cirúrgico, por exemplo”, recorda.
 
Sendo assim, o principal dilema que existe em torno da medicina nuclear é o custeio. Por isso, o executivo conta que a UDDO possui um relacionamento transparente com as operadoras de saúde, envolvendo profissionais administrativos e médicos. “Anualmente a tabela é negociada. E sempre que há uma melhoria no custeio de um radiofármaco, nós pleiteamos custos melhores. O PET-CT era um tabu há pouco tempo, mas hoje está incluso no rol de procedimentos da ANS”, esclarece.
 
Fonte Saudeweb

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