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sexta-feira, 22 de março de 2013

EUA irão rever fator de risco do colesterol para evitar uso exagerado de medicação

EUA irão rever fator de risco do colesterol para evitar uso exagerado de medicação Jose Conejo Saenz/stock.xchng
Mudança quer evitar a medicação exagerada por quem tem
uma taxa de colesterol um pouco acima do limite
Mudança pode influenciar o Brasil
 
Até o final deste ano, o Instituto Nacional para o Coração, Pulmões e Sangue dos EUA lançará um conjunto de diretrizes que deverá rever os parâmetros utilizados para definir os fatores de risco do colesterol. É provável que as taxas do mau colesterol, o LDL, que vêm sendo reduzidas consideravelmente nos últimos anos, sejam revistas — e para cima.
 
O principal objetivo da mudança — que pode influenciar outros países, inclusive o Brasil — é evitar a medicação exagerada por quem tem uma taxa um pouco acima do limite. Com a linha de corte cada vez mais rigorosa, muitos pacientes passaram a tomar estatina, o grupo de medicamentos mais vendido hoje no mundo.
 
Estudos comprovam que a estatina diminui o colesterol de quem tem fatores de risco, como histórico de infarto na família e tabagismo, mas faz pouca diferença quando a taxa está levemente acima do ideal e os fatores estão sob controle. Além disso, tem efeitos colaterais, como a destruição de células musculares.
 
— A pergunta é: até que ponto vale insistir nesses índices e comprometer a qualidade de vida do paciente com remédios que causam dores? — resume o patologista clínico Emílio Granato.
 
Quando vale a pena
Quando é recomendado o uso de estatina para controlar o colesterol e as situações que requerem avaliação prévia
 
Recomendado
— Após infarto ou derrame

— Taxa de colesterol acima de 170 mg/dl

— Existência de fatores de risco, como hipertensão, tabagismo, obesidade, diabetes ou histórico da doença na família
 
Avaliação prévia
— Paciente com colesterol acima de 170 mg/dl, mas sem fatores de risco, que faz dieta e exercícios físicos

— Teve a taxa aumentada nos últimos seis meses por causa da má alimentação
 
Queda livre
Nos últimos anos, o limite aceitável para o colesterol ruim, o LDL, caiu drasticamente:

1988 — Até 130 mg/dl (miligrama por decilitro de sangue)

2002 — Até 100 mg/dl

2013 — O limite caiu para 70 mg/dl
 
Fontes: Costantino Costantini, Emilio Granato, Fabiano Sandrini e Luiz Fernando Kubrusly
 
Por Zero Hora

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