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quinta-feira, 11 de abril de 2013

Equipe confirma ligação entre estresse pré-natal e risco de obesidade nos filhos

Estresse pode alterar o desenvolvimento do bebê
Foto: Marcelo Camargo/ABr
Estresse pode alterar o desenvolvimento do bebê
Estudo sugere que tensão durante a gestação predispõe os bebês para o desenvolvimento de patologias na vida adulta
 
Cientistas da Universidade de Navarra, na Espanha, descobriram novas evidências de que o estresse da mãe durante a gestação, devido a causas socioeconômicas ou psicossociais, está associado ao desenvolvimento de patologias relacionadas com a obesidade nos bebês.
 
"A prevalência crescente da obesidade não pode ser unicamente atribuída a fatores genéticos ou má nutrição, mas também ao estilo de vida e fatores ambientais adversos. Os chamados fatores ambientais podem ter uma influência sobre os mecanismos epigenéticos, que são responsáveis pelo controle dos genes além do código genético em si", explica o líder do estudo Javier Campion.
 
Para os autores, o ritmo acelerado que caracteriza a sociedade produz um aumento nas taxas de estresse na população, e este aumento, em paralelo com as taxas de obesidade, faz uma análise da interação necessária entre esses dois fatores que não afetam apenas a grupos adultos.
 
O objetivo do trabalho foi determinar o efeito em ratos adultos do estresse moderado e crônico na semana final do desenvolvimento embrionário sobre as alterações fenotípicas, bioquímicas e hormonais.
 
Para isso, os investigadores estudaram dois grupos de ratos, com e sem estresse, e examinaram quaisquer alterações na expressão de genes relacionados com a obesidade e o metabolismo dos glicocorticoides, no tecido adiposo branco nos filhos.
 
"A conclusão geral que obtivemos foi que uma situação adversa durante o desenvolvimento intrauterino pode levar os animais, devido à ingestão de uma dieta hipercalórica, a experimentar um maior aumento da gordura corporal e alterações bioquímicas, hormonais e genéticas", destaca Campion.
 
Além disso, os autores insistiram que essas mudanças na idade adulta induzidas pela ingestão de uma dieta rica em gorduras e açúcares provocou obesidade e outras condições associadas, tais como resistência à insulina, resultando no desenvolvimento de diabetes tipo 2.
 
Os especialistas alegam que o estresse, que durante a vida normal de uma mulher pode não afetar a saúde, pode estar alterando o desenvolvimento do bebê e levando a uma predisposição para o desenvolvimento de patologias na vida adulta, possivelmente devido à modificação epigenética.
 
Todos os anos, os problemas relacionados com a obesidade são responsáveis por mais de 2,8 milhões de mortes em todo o mundo.
 
"Uma vida saudável durante a gravidez não consiste apenas de uma boa dieta com uma boa oferta de vitaminas e minerais, mas também em viver uma vida tranquila, sem estresse", conclui Campion.
 
Fonte isaude.net

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