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quinta-feira, 11 de abril de 2013

Leite materno com aditivo reduz proteção contra infecções

Leite materno possui, naturalmente, a proteína chamada lactoferrina
Utilização de aditivo de leite para recém-nascidos com menos de 1,5 Kg pode diminuir a proteção contra infecções por bactérias
 
Pesquisa da Faculdade de Medicina de USP (FMUSP) revela que a utilização de aditivo de leite materno, com o objetivo de manter as vantagens do aleitamento e aumentar o aporte de nutrientes para recém-nascidos com menos de 1,5 quilo (kg), pode diminuir a proteção destes às infecções por bactérias.

O estudo da nutricionista Letícia Fuganti Campos indica que a aplicação ao leite humano de aditivo de leite materno suplementado com ferro na concentração de 0,28 miligramas (mg) por grama (g) de aditivo pode diminuir a capacidade do aleitamento de proteger contra infecções por Escherichia coli.

O leite materno possui, naturalmente, uma proteína chamada lactoferrina, que se liga a íons de ferro presentes na secreção. Com essa ação, o ferro, que é essencial para a maioria das bactérias patogênicas, não fica disponível em grande quantidade. Dessa forma, a lactoferrina diminui o crescimento do número dos patógenos e, consequentemente, a incidência de infecções nos bebês que consumirem o leite.

No entanto, por demanda nutricional de recém-nascidos com menos de 1,5 kg, acrescenta-se aditivo de ferro e outros nutrientes ao leite humano."Devido à necessidade nutricional aumentada deste grupo, o aditivo de leite materno pode ser utilizado no ambiente hospitalar",diz a nutricionista.

Ela queria ver se o acréscimo de aditivo de leite suplementado com ferro diminuía o efeito bactericida do leite. " O objetivo foi comparar o crescimento bacteriano no colostro puro versus colostro com aditivo de leite materno suplementado com ferro" , conta a nutricionista.

Em amostras de colostro, a nutricionista testou o crescimento das bactérias separadamente, depois de um dia inteiro de incubação em estufa. Letícia testou Escherichia coli, Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa, relacionadas a diversos tipos de infecções. O leite utilizado foi recolhido em até dois dias de pós-parto de mães internadas após parto normal, em um hospital do Paraná.

Os resultados entre colostro puro e colostro aditivado com leite humano suplementado com ferro, segundo a nutricionista, foram iguais para Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa. No entanto, para Escherichia coli, houve uma diferença significativa, com aumento do crescimento de microrganismos na presença do ferro do aditivo.
 
Fonte isaude.net

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