Uma das principais consequências do stress ao sistema cardiológico apresenta-se na área vascular com a aterosclerose |
Não há dúvidas de que o stress afeta o sistema cardiovascular e que há uma sensibilidade especial deste sistema em relação às emoções vivenciadas pela pessoa durante a vida.
Uma das principais consequências do stress ao sistema cardiológico apresenta-se na área vascular com a aterosclerose. A aterosclerose caracteriza-se pela diminuição do fluxo sanguíneo nas artérias coronárias. Esta diminuição no fluxo sanguíneo é causada pelo aumento da produção dos hormônios do stress noradrenalina e cortisol, com consequente redução do nível de oxigenação do miocárdio, o que poderá levar a isquemia e/ou necrose do miocárdio que corresponde a quadros clínicos de angina de peito e enfarte do miocárdio.
No processo do stress há também a liberação de colesterol, o que poderá levar ao "entupimento" das artérias coronarianas desencadeando o infarto do miocárdio.
O stress eleva a pressão arterial e os batimentos cardíacos. Numa pessoa com predisposição às doenças cardiológicas, a elevação da pressão arterial resultante do stress poderá desencadear acidente vascular cerebral, angina de peito ou enfarte do miocárdio. (Fonte: Psicologia da Saúde, Richard O. Straub 2005).
O stress emocional poderá ainda precipitar a ocorrência de arritmias ventriculares e/ou morte súbita, à medida que estimula vias serotoninérgicas no sistema nervoso central, as quais afetam fortemente o funcionamento cardiovascular (Jiang, 1996). Estudos indicam que de 25 a 50% das pessoas que apresentaram arritmias, como taquicardia e fibrilação ventriculares e até morte súbita, tinham vivenciado situações de stress momentos antes de apresentarem esses sintomas. (Engel 1971; Reich, DeSilva,1981; Myers e Dewan, 1975; Rissanem, Romo, 1978).
O stress, ainda, pode ser o risco herdado mais significativo nas pessoas que desenvolveram doenças cardíacas em idade precoce, segundo o primeiro estudo dessa categoria desenvolvido por especialistas do Hospital Henry Ford (USA). (Fonte: El Médico Interactivo, 2003).
Nenhum outro tema em psicologia da saúde tem gerado tantas pesquisas e estudos quanto à maneira como o stress contribui para o desenvolvimento de doenças. Em situações de stress sempre há a participação do sistema cardiovascular. É nele que sentimos uma das reações físicas do nosso organismo ao stress, sob a forma de “palpitações” ou “coração disparado”, além dos fatores psicológicos que podem predispor e precipitar distúrbios cardíacos.
Nós mesmos podemos ser os causadores do nosso stress. O modo como interpretamos determinados acontecimentos pode gerar ou até piorar o nosso stress. A avaliação de uma situação como mais desastrosa do que ela realmente é poderá aumentar o nível de stress e afetar o sistema cardiovascular.
Identificar avaliações inadequadas e aprender a avaliar os acontecimentos mais realisticamente faz com que a pessoa diminua o seu nível de stress, contribuindo para desenvolver habilidades para enfrentar os obstáculos da vida e poupar o sistema cardiovascular.
Alguns comportamentos que contribuem para o controle do stress:
• Aderir a uma dieta saudável para repor as energias que o stress consome;
• Relaxar para eliminar o excesso de adrenalina produzida pelo stress;
• Praticar atividades físicas;
• Conquistar equilíbrio emocional, e trocar o “fazer pelo sentir a vida”, são condutas recomendáveis e necessárias para controlar o seu nível excessivo de stress, conquistar hábitos saudáveis e melhorar sua qualidade de vida.
Fonte minhasaudeonline
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