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terça-feira, 16 de julho de 2013

Especialista esclarece dúvidas sobre o câncer de ovário

É importante ter em mente que o prognóstico
é sempre melhor quando a doença
é diagnosticada precocemente
Na maioria dos casos, tumor só se manifesta em estágio avançado
 
Embora menos frequente que outros tumores como mama, pele, pulmão, entre outros, o câncer de ovário tem um agravante: ele costuma se manifestar em estágio avançado (75% dos casos). Confira entrevista com o médico oncologista Israel Gonçalves sobre o assunto e esclareça as principais dúvidas:
 
O que é o câncer de ovário?
É um tipo de câncer ginecológico, que se origina nos órgãos reprodutores femininos (ovários). Existem diversos tipos de tumores de ovários, de benignos a malignos, com graus de agressividade diferentes. Pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas acomete, principalmente, mulheres acima de 40 anos.
 
É um tipo de câncer comum?
É um tumor relativamente raro, menos frequente que os cânceres de mama, colo uterino, intestino, pulmão e estômago.
 
Quais os principais sintomas?
A maioria dos tumores malignos do ovário só se manifesta em estágio avançado (75% dos casos). Na fase inicial, não causa sintomas específicos, o que dificulta o diagnóstico precoce. À medida que o tumor cresce, pode comprimir outros órgãos e estruturas e produzir sintomas, como aumento do volume abdominal, constipação intestinal ou diarreia, dores difusas, massa abdominal palpável.
 
Como é diagnosticado?
A maioria das pacientes com câncer de ovário inicial não apresentam nenhum sintoma. O exame ginecológico de rotina associado à ultrassonografia podem mostrar achados suspeitos, motivando a investigação com novos exames complementares. A partir destes resultados é indicado um procedimento invasivo (cirurgia) para diagnóstico, estadiamento (estágio da doença) e tratamento.
 
É um tipo de câncer hereditário?
Assim como outros tumores, o câncer de ovário também apresenta como fator de risco a história familiar. Aproximadamente 5 a 10% dos tumores de ovário são causados por mutações genéticas hereditárias, como as mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, que também aumentam o risco para o câncer de mama. As mulheres que têm um parente de primeiro grau (mãe, filha, irmã) ou um parente de primeiro grau e um de segundo grau (avó ou tia) têm um risco aumentado para o desenvolvimento da doença.
 
Quando existe esse risco familiar é necessário retirar os ovários?
A retirada dos ovários em pacientes com risco familiar elevado ou a confirmação de uma determinada mutação genética é um procedimento que pode trazer benefícios em casos selecionados. Esta conduta deve ser individualizada e discutida com o médico assistente, ginecologista ou oncologista.
 
Como é o tratamento do câncer de ovário?
O tratamento depende basicamente do tipo do tumor, do estadiamento (se inicial ou avançado), da idade e das condições de saúde da paciente. A cirurgia constitui a principal modalidade terapêutica. A quimioterapia e a radioterapia podem ser necessárias.
 
Que dicas você daria para as pessoas evitarem esse tipo de câncer?
Consultas regulares com o ginecologista, controle de peso, hábitos de vida saudáveis. Se tiver parente de primeiro grau com câncer de ovário e/ou mama , fazer um controle mais rigoroso. É importante ter em mente que o prognóstico é sempre melhor quando a doença é diagnosticada precocemente.

Fonte Zero Hora

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