Foto: Ilustração / Arte ZH |
Foi na hora de assistir à novela que Zilma Royers teve pela primeira vez aquela sensação de ardor no olhos. A partir daí, o desconforto tornou-se rotina na vida da dona de casa, e tarefas antes prazerosas, como bordar, passaram a ser sinônimo de aflição.
Nos dias frios, ligar o aquecedor era impensável. Bastava apertar o botão do controle e, em alguns minutos, ele começava a sentir a coceira irritante.
Para Zilma, a vermelhidão, a coceira e a secura nos olhos tinham relação com os óculos. Procurou um oftalmologista e descobriu que o problema era outro. Foi diagnosticada com a síndrome do olho seco.
— No começo, fiquei bastante assustada, mas depois fui orientada pela minha oftalmologista e descobri que a situação não era tão grave assim — diz ela.
Segundo o presidente científico da Associação Brasileira dos Portadores de Olho Seco (Apos), o oftalmologista José Álvaro Pereira Gomes, estima-se que cerca de 15% a 20% dos brasileiros tenham a síndrome.
Entre as causas, a diminuição da quantidade de lágrimas produzidas é a mais comum. Outro motivo para o surgimento da doença é a evaporação natural da lágrima, geralmente ocasionada pela baixa qualidade da produção do líquido pelas glândulas lacrimais. As sensações de secura e coceira nos olhos, acompanhadas da aparência de vermelhidão, estão entre os sintomas mais comuns.
O inverno no Sul também pode ser considerado um vilão. Acostumados às mudanças abruptas de temperatura, os gaúchos recorrem a aquecedores e aparelhos de ar-condicionado. Zilma sabe o incômodo que esses equipamentos podem causar aos portadores da síndrome:
— Ligar o ar-condicionado ou o aquecedor nunca é uma boa ideia. A irritação fica cada vez pior até se tornar horrível.
Para quem gosta de ficar horas na frente do computador, a dica é: não deixe de piscar.
— Normalmente, piscamos cerca de 18 a 23 vezes por minuto. Na frente do computador, esse número não passa de oito vezes. Piscar é essencial para a lubrificação dos olhos — alerta a doutora em oftalmologia Rosane Ferreira.
Diagnóstico é rápido e precisoA professora Cleivania Almeida sofre com a síndrome desde 2000. Com o agravamento do caso, passou por quatro intervenções cirúrgicas e algumas tentativas de tratamentos alternativos. Ainda hoje, a profissional se sente prejudicada pela síndrome.
— Lido com pó de giz e constantemente fico com as vistas irritadas. Às vezes, tudo incomoda. Além da irritação, tenho fotofobia. No outono e inverno, esses sintomas se agravam — conta Cleivania, que se tornou presidente executiva da Apos.
Na primeira aparição de um desses sintomas, a indicação é procurar um oftalmologista. O diagnóstico é rápido e preciso. Após um questionário e exames oftalmológicos específicos, o paciente já pode saber a causa da desconfortável sensação de "areia" nos olhos.
Na grande parte dos casos, o tratamento baseia-se na reposição da lágrima com o uso de colírios específicos. Em situações mais graves, são recomendadas cirurgias.
Não seja mais umPara os oftalmologistas Flávio Antônio Romani e Rosane Ferreira, uma série de cuidados diminuem as chances de adquirir a síndrome do olho seco:
Escolha os ambientes- Prefira lugares mais úmidos. Ambientes com baixa umidade relativa do ar são favoráveis aos sintomas da síndrome.
Faça pausas- Não fique muito tempo na frente da tela de computadores o videogames. É natural que, ao concentrar-se durante muito tempo num ponto, se deixe de piscar. O ideal é piscar o olho mais de 20 vezes por minuto.
Beba água- Procure hidratar-se. A lubrificação dos olhos depende da produção de lágrimas pelas glândulas lacrimais. Uma boa hidratação auxilia nessa produção.
Atenção às causas- Para o oftalmologista José Álvaro Pereira Gomes, portadores de doenças reumatológicas têm tendência à síndrome do olho seco. Isso porque essas pessoas podem ter as glândulas lacrimais inflamadas mais facilmente, ocasionando problemas na produção das lágrimas.
- Antidepressivos, antialérgicos, anti-hipertensivos e remédios para o tratamento do Parkinson também são responsáveis por diminuir a produção de lágrimas.
- Mulheres acima da faixa dos 40 anos também correm o risco de adquirir a síndrome. Isso deve-se a fatores hormonais que podem diminuir a capacidade de produção das glândulas lacrimais.
- A maior parte dos casos pode ser controlada com medicação, mas não há cura.
Nos dias frios, ligar o aquecedor era impensável. Bastava apertar o botão do controle e, em alguns minutos, ele começava a sentir a coceira irritante.
Para Zilma, a vermelhidão, a coceira e a secura nos olhos tinham relação com os óculos. Procurou um oftalmologista e descobriu que o problema era outro. Foi diagnosticada com a síndrome do olho seco.
— No começo, fiquei bastante assustada, mas depois fui orientada pela minha oftalmologista e descobri que a situação não era tão grave assim — diz ela.
Segundo o presidente científico da Associação Brasileira dos Portadores de Olho Seco (Apos), o oftalmologista José Álvaro Pereira Gomes, estima-se que cerca de 15% a 20% dos brasileiros tenham a síndrome.
Entre as causas, a diminuição da quantidade de lágrimas produzidas é a mais comum. Outro motivo para o surgimento da doença é a evaporação natural da lágrima, geralmente ocasionada pela baixa qualidade da produção do líquido pelas glândulas lacrimais. As sensações de secura e coceira nos olhos, acompanhadas da aparência de vermelhidão, estão entre os sintomas mais comuns.
O inverno no Sul também pode ser considerado um vilão. Acostumados às mudanças abruptas de temperatura, os gaúchos recorrem a aquecedores e aparelhos de ar-condicionado. Zilma sabe o incômodo que esses equipamentos podem causar aos portadores da síndrome:
— Ligar o ar-condicionado ou o aquecedor nunca é uma boa ideia. A irritação fica cada vez pior até se tornar horrível.
Para quem gosta de ficar horas na frente do computador, a dica é: não deixe de piscar.
— Normalmente, piscamos cerca de 18 a 23 vezes por minuto. Na frente do computador, esse número não passa de oito vezes. Piscar é essencial para a lubrificação dos olhos — alerta a doutora em oftalmologia Rosane Ferreira.
Diagnóstico é rápido e precisoA professora Cleivania Almeida sofre com a síndrome desde 2000. Com o agravamento do caso, passou por quatro intervenções cirúrgicas e algumas tentativas de tratamentos alternativos. Ainda hoje, a profissional se sente prejudicada pela síndrome.
— Lido com pó de giz e constantemente fico com as vistas irritadas. Às vezes, tudo incomoda. Além da irritação, tenho fotofobia. No outono e inverno, esses sintomas se agravam — conta Cleivania, que se tornou presidente executiva da Apos.
Na primeira aparição de um desses sintomas, a indicação é procurar um oftalmologista. O diagnóstico é rápido e preciso. Após um questionário e exames oftalmológicos específicos, o paciente já pode saber a causa da desconfortável sensação de "areia" nos olhos.
Na grande parte dos casos, o tratamento baseia-se na reposição da lágrima com o uso de colírios específicos. Em situações mais graves, são recomendadas cirurgias.
Não seja mais umPara os oftalmologistas Flávio Antônio Romani e Rosane Ferreira, uma série de cuidados diminuem as chances de adquirir a síndrome do olho seco:
Escolha os ambientes- Prefira lugares mais úmidos. Ambientes com baixa umidade relativa do ar são favoráveis aos sintomas da síndrome.
Faça pausas- Não fique muito tempo na frente da tela de computadores o videogames. É natural que, ao concentrar-se durante muito tempo num ponto, se deixe de piscar. O ideal é piscar o olho mais de 20 vezes por minuto.
Beba água- Procure hidratar-se. A lubrificação dos olhos depende da produção de lágrimas pelas glândulas lacrimais. Uma boa hidratação auxilia nessa produção.
Atenção às causas- Para o oftalmologista José Álvaro Pereira Gomes, portadores de doenças reumatológicas têm tendência à síndrome do olho seco. Isso porque essas pessoas podem ter as glândulas lacrimais inflamadas mais facilmente, ocasionando problemas na produção das lágrimas.
- Antidepressivos, antialérgicos, anti-hipertensivos e remédios para o tratamento do Parkinson também são responsáveis por diminuir a produção de lágrimas.
- Mulheres acima da faixa dos 40 anos também correm o risco de adquirir a síndrome. Isso deve-se a fatores hormonais que podem diminuir a capacidade de produção das glândulas lacrimais.
- A maior parte dos casos pode ser controlada com medicação, mas não há cura.
Fonte Zero Hora
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