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segunda-feira, 1 de julho de 2013

Surto de influenza aumenta em 100 vezes chances de contrair pneumonia

Para especialistas, a co-infecção acontece devido ao comprometimento dos pulmões. Os dados, por muitas vezes mascarados em termos populacionais, foram calculados com exatidão pela primeira vez por uma equipe de pesquisadores
 
 A população que sofre uma epidemia de gripe pode elevar o risco de contágio pela bactéria pneumococo — responsável pela pneumonia — em até 100 vezes. A taxa de coinfecção é bastante elevada, mas tem uma pequena duração, cerca de uma semana, segundo estudo publicado hoje na revista científica Science Translational Medicine.
 
A suscetibilidade da pessoa acometida pela gripe em desenvolver a infecção bacteriana já é uma velha conhecida da clínica médica, mas nunca pode ser mensurada para medidas de saúde pública no caso de situações extremas. Os dados, por muitas vezes mascarados em termos populacionais, foram calculados com exatidão pela primeira vez por uma equipe de pesquisadores liderada por Sourya Silva, da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. Ele acredita que os resultados poderão ampliar as estratégias em saúde pública para controlar a propagação da pneumonia pneumocócica, que, em muitos casos, pode levar à morte.
 
Estudos em seres humanos mostram alterações fisiológicas durante a infecção gripal que propiciam um ambiente mais favorável à instalação do tipo de bactéria que causa a pneumonia, podendo, inclusive, torná-la mais grave.
 
O artigo publicado hoje apresenta um modelo computacional de transmissão da pneumonia após analisar diversas hipóteses sobre os possíveis efeitos de uma infecção anterior de influenza — vírus mais comum causador da gripe.
 
Os integrantes do estudo analisaram relatórios epidemiológicos de hospitalizações por pneumonia e registros semanais de pacientes infectados com a influenza. Os dados foram coletados em Illinois, no centro-oeste dos Estados Unidos, entre 1989 e 2009, e possibilitaram a classificação de hipóteses que associavam a transmissão de ambas as doenças.
 

Fonte Correio Braziliense

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