Pedro Catarino Transferência de verbas é feita desde que não haja prejuízo para a saúde dos doentes |
A presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, Marta Temido, afirmou ontem ao CM que "as verbas recebidas para a realização de tratamentos podem ser deslocadas para o pagamento de salários, água ou luz, e que o contrário também acontece".
"O dinheiro não tem rótulo na Saúde", afirmou, acrescentando que "desde que não haja prejuízos para a saúde dos doentes são feitas transferências por áreas de acordo com as prioridades". "É um pouco como fazemos a gestão doméstica", exemplificou. A responsável recorda que a Administração Central do Sistema de Saúde não consigna as verbas por áreas, havendo, contudo, por parte dos hospitais a responsabilidade de respeitar os compromissos.
As afirmações surgem depois de o Correio da Manhã revelar que a Associação SOS Hepatites vai avançar com uma queixa no Ministério Público contra o Ministério da Saúde por falhas no acesso à terapia tripla.
Emília Rodrigues, presidente da associação, avançou com o exemplo desse incumprimento por parte do Hospital de São João, no Porto, de cuja entidade o CM não conseguiu obter um esclarecimento sobre a razão da decisão.
Também Luís Mendão, presidente do GAT – Grupo Português de Ativistas sobre Tratamentos de VIH/ /SIDA, afirmou que todas as semanas recebe queixas de doentes sobre o racionamento na entrega de medicamentos. Contudo, Marta Temido defendeu que não está em causa o tratamento do VIH.
Fonte Correio da Manhã
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