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Os bares gays de NY viraram alvo das campanhas de vacinação
contra meningite
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O tempo frio do inverno chega e a tendência é se abrigar em ambientes sem circulação de ar e mais quentinhos. Mas é importante saber que ambientes assim são um prato cheio para o contágio da meningite, inflamação por vírus, bactéria ou fungos das meninges - membranas que protegem o cérebro, encéfalo e sistema nervoso.
Paulo Camiz, clínico-geral do Hospital das Clínicas, alerta que a transmissão é principalmente pelo ar. “É importante ressaltar que a transmissão ocorre por contato próximo e não necessariamente sexual. Cuidados de higiene, convívio em ambientes arejados e precauções, principalmente em relação a pessoas com sintomas gripais, evitam o contágio”, disse.
Existem vários tipos de meningite, desde as mais leves até as mais perigosas como a estreptocócica, que leva a morte se não for tratada. “Mas a que mais assusta é a meningite causada pela bactéria Neisseria meningitidis , que causa quadro infeccioso generalizado que pode ser letal”, diz Camiz. Entre os sintomas estão: febre alta, dor de cabeça, rigidez na nuca (dificuldade de apoiar o queixo no peito), sonolência e manchas na pele.
Estatísticas indicam que de 10% a 15% dos pacientes com meningite meningocócica morrem, mas este índice pode se multiplicar por três em surtos, afirmam pesquisadores do Weill Cornell Medical College, em Nova York.
A cidade viveu um surto entre 2010 e 2013 . Sete pessoas morreram e 22 casos de meningite entre a comunidade gay de Nova York geraram um temor sobre o possível surgimento de “uma nova praga gay” e um alerta para a necessidade de maior abrangência na vacinação contra a doença.
Desde outubro de 2012, foi feita uma campanha de vacinação que foi intensificada por causa da Parada Gay, que ocorreu entre os dias 28 e 30 de junho deste ano, resultando em 11 mil pessoas vacinadas. A boa notícia é que desde fevereiro de 2013 não há relatos de novos casos da doença na cidade.
Mas o surto de meningite causou preocupação. Os médicos Matthew Simon, Don Weiss e Roy Gulick da Cornell Medical College de Nova York afirmam em artigo publicado no periódico científico Annals of Internal Medicine que os índices de meningite meningocócica nos Estados Unidos são relativamente baixos: de 0,3 a 0,6 casos por 100.000 pessoas. “Mas em 2012, a taxa da doença entre a comunidade gay foi 50 vezes mais alta”, afirmam. No mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde ocorrem mais de 500 mil casos por anos com mais de 50 mil óbitos.
Fonte iG
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