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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Einstein vai levar telemedicina para hospitais públicos do País

Serão 10 instituições públicas conectadas e espalhadas pelo Brasil até o fim de 2013 ao custo de R$ 14 milhões; veja vídeo inédito sobre projeto no Hospital do M'Boi Mirim (SP)
 
A bem sucedida experiência com telemedicina realizada pelo Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) no Hospital Municipal Moysés Deutsch, conhecido como M’Boi Mirim, na capital paulista, chegará às regiões remotas do País. Devem ser atendidos hospitais públicos brasileiros, prioritariamente para urgência e emergência em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) em casos de acidente vascular cerebral (AVC), traumatismos cranianos, infartos do miocárdio, entre outros.
 
O HIAE já possui acordos firmados com quatro instituições, entre elas o Hospital de Urgências Dr. Henrique Santillo, em Anápolis (GO), o Hospital Regional de Gama (DF) e o Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande (PB). Segundo Milton Steinman, coordenador da telemedicina do Einstein, a meta é atender dez instituições públicas até o fim de 2013, o que vai demandar cerca de R$ 14 milhões investidos em equipamentos e infraestrutura de rede de dados.
 
“Cada hospital tem uma vocação”, explica Steinman, destacando que a telemedicina será um recurso para atender as demandas mais comuns de regiões específicas. Em Anápolis, por exemplo, os AVCs devem ser os casos com maior número de consultas com suporte à tecnologia. A comunicação entre as equipes da UTI e do Einstein tem como objetivo suprir a ausência de especialistas na unidade ou dar segundas opiniões.
 
A infraestrutura utilizada compreende dispositivos móveis de vídeo (câmera IP e monitor), conectados via rede WiFi [veja mais detalhes no vídeo abaixo]. A ligação externa ocorre através de roteadores e redes privadas virtuais (VPN). No M’Boi Mirim toda a infraestrutura foi fornecida pela Cisco, mas Steinman diz que haverá equipamentos de outros fabricantes nos novos hospitais por “questões culturais”. “O modelo ideal é o híbrido [com mais de um fabricante fornecendo as soluções]. Pelas dimensões do País é o mais adequado”, diz.
 
Para o coordenador, mais do que o fornecimento de equipamentos e a conectividade à internet, vencer a resistência dos profissionais de saúde é o maior desafio. Para operar a nova tecnologia o Einstein treinará médicos e enfermeiros das emergências, que deverão operar os equipamentos e implantar os processos necessários à assistência. “Trata-se de uma relação humana. O aparelho por si só não resolve os problemas”, diz o médico.
 
A expansão do atendimento da Central de Telemedicina do Einstein inclui também as unidades do hospital privado na capital paulista. A unidade Alphaville, em Barueri, já está conectada com equipamentos semelhantes ao do M’Boi Mirim, e outras unidades devem recebê-los em breve.
 
Steinman diz que o Einstein já estuda oferecer a telemedicina como um serviço para outras instituições privadas e empresas do País, e que já há clientes em prospecção. “Nenhum em negociação avançada. Plataformas de petróleo em alto mar, por exemplo, são clientes em potencial”, explica.
 
Pioneiro
Primeiro hospital com o sistema, o M’Boi Mirim atende cerca de 15 mil pacientes por mês pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e tem o foco em urgência e emergência. A telemedicina apoia entre 6 e 4 consultas por dia em UTI e pronto-socorro. O projeto-piloto na unidade – administrada pelo Einstein em regime de organização social (OSS) – começou em maio de 2012 e desde então os especialistas do HIAE analisam os casos em tempo real e integral (24/7).
 
Segundo a Cisco, provedora dos equipamentos para telemedicina no hospital paulistano, os dispositivos foram desenvolvidos para uma variedade de usos médicos. Entre os as vantagens da utilização da tecnologia estão a redução dos custos do atendimento e ganhos de qualidade graças à redução das transferências dos pacientes entre diferentes hospitais – problema ainda maior se o doente grave precisa ser movido entre cidades do interior e capitais.
 
“A necessidade da telemedicina é clara. Estruturas distantes do País precisam ser interligadas. É possível dobrar a capacidade de atendimento sem ter que construir novos hospitais”, enumera Heitor Gottberg, gerente de vendas da vertical de saúde da Cisco. “Os benefícios começam a ser identificados e sem dúvida a telemedicina assistencial é uma tendência.”
 
E é justamente nas parcerias público-privadas (PPPs) e organizações sociais – foco inicial do projeto do Einstein e caso do M’Boi Mirim – que o executivo de tecnologia identifica o ponto focal da telemedicina. Mas há uma grande barreira além da cultural: “incluir o uso da tecnologia de forma eficiente sem estabelecer qualquer processo não é possível”, diz Gottberg.
 
A Cisco produziu um vídeo mostrando detalhes da solução de telemedicina empregada no Hospital Municipal Moysés Deutsch (M’Boi Mirim). Por meio dele, é possível ter uma ideia de como a solução funcionará em outras unidades de saúde do País. Veja abaixo:
 

 
SaudeWeb

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