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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Estudo da caligrafia pode contribuir no diagnóstico de mal de Parkinson, aponta pesquisa

Tempo que paciente segura caneta no ar reflete sua capacidade cognitiva
Mudanças na escrita podem acontecer antes dos sinais clínicos
 
Uma nova pesquisa apontou que o estudo da caligrafia pode ajudar no diagnóstico precoce do Mal de Parkinson, doença progressiva causada pela morte de células nervosas nas áreas de controle do movimento muscular. Os pesquisadores da Universidade de Haifa e do Rambam Medical Center, também em Haifa, em Israel, dizem que identificar as mudanças na caligrafia pode levar a um diagnóstico precoce da doença e “a uma intervenção neurológica em um momento crítico”.
 
Segundo a pesquisadora Sara Rosemblum, do Departamento de Terapia Ocupacional da Universidade de Haifa, foram comparadas amostras de caligrafias de 40 pessoas, metade delas com a doença em estágio inicial e metade saudável. Houve diferenças significativas nos resultados dos dois grupos, como comprimento, largura e altura das letras, tempo necessário para escrever e pressão exercida sobre a superfície do papel. Pacientes com o Mal de Parkinson escreveram letras menores, com menos pressão na superfície da escrita e levaram mais tempo para completar a tarefa.
 
A diferença mais marcante foi o período de tempo que esses pacientes deixam a caneta no ar, entre o ato de escrever cada letra e cada palavra.
 
— Enquanto o paciente segura a caneta no ar, sua mente está planejando a próxima ação no processo de escrita. E a necessidade de mais tempo reflete a menor capacidade cognitiva da pessoa. Mudanças na escrita podem acontecer antes do diagnóstico clínico e isso pode ser um sinal precoce da doença — diz a Sara.
 
Validar esses resultados com um estudo mais amplo pode pavimentar o caminho para esse método ser utilizado para um diagnóstico preliminar de uma forma segura e não-invasiva.
 
Zero Hora

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