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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Em Israel justiça determina que mulher faça circuncisão em seu filho

Uma mulher israelense foi condenada por uma corte rabínica de Netânia por se negar que seu filho fizesse a circuncisão, a multa diária enquanto não cumprir o ancestral ritual judaico do "brit milá", de acordo com o site do jornal "Ha'aretz".
 
A mulher, identificada como Elinor, deverá pagar uma multa de 500 shekels ( US$ 140) diários por cada dia que não fizer a circuncisão em seu filho. O caso vai agora para o Supremo Tribunal de Israel.
 
O tribunal rabínico de Netânia, onde tramita a ação de divórcio da mulher, decidiu domingo pela multa. O marido, que a princípio esteve de acordo com ela, mudou de ideia e exigiu que o tribunal, a obrigue a aceitar a circuncisão do filho do casal. Os israelenses podem se divorciar em um tribunal civil ou em um rabínico, que neste caso aplicará exclusivamente a lei religiosa judaica (halajá), sempre e quando não se contrapuser à legislação nacional.
 
Os três juízes do tribunal decidiram que quando um dos pais exige o cumprimento do ritual o outro não pode impedi-lo. A circuncisão se realiza no judaísmo aos oito dias, a menos que haja razões médicas, como é o caso deste bebê. "Ele nasceu com um problema médico, e por isso não fizemos (a circuncisão) aos oito dias.
 
Após certo tempo decidi ler que é o que se faz e o que significa uma circuncisão e me convenci que simplesmente meu filho é perfeito como é", explicou a mãe, que prepara um recurso ao Supremo Tribunal para reverter a sentença rabínica.
 
Em um país onde a circuncisão continua sendo uma das normas mais generalizadas , praticadas voluntariamente por cerca de 90% dos israelenses judeus, esta é a primeira vez que um tribunal obriga pais a cumprir o ritual, que tem vários críticos na Europa.
 
A Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa recomendou em outubro aos Estados-membros adotar regulações jurídicas específicas para garantir que algumas operações não sejam feitas antes que uma criança seja suficientemente grande para ser consultada, e entre elas está a circuncisão.
 
Os juízes rabínicos lembraram na decisão essa recomendação ao dizer que "em uma época na qual somos testemunhas de lutas legais e públicas na Europa e América contra o 'brit milá', o povo de Israel deve cerrar fileiras contra fenômenos que para nós tem mais a cara do anti-semitismo".
 
EFE/R7

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