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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Brasileiro acha que câncer mata mais que infarto e AVC

O brasileiro desconhece as doenças cardiovasculares como principal causa de morte no país. Para a maioria da população, o câncer (59%) e a Aids (17%) matam mais.
 
É o que revela pesquisa Datafolha, feita a pedido do Instituto Oncoguia, que verificou o conhecimento da população sobre o câncer, seus fatores de risco e a prevenção.
 
Segunda causa de mortalidade, o câncer é responsável por 17% das mortes. Já as doenças do aparelho circulatório, como derrame e infarto, respondem por 31%.
 
Foram entrevistadas 2.571 pessoas em todas as regiões do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
 
"Subestimar a mortalidade pelas doenças cardiovasculares é um forte sinal indireto da nossa má qualidade de saúde", diz Angelo de Paola, professor titular de cardiologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
 
Para ele, a desinformação é maior entre o público feminino, que teme o câncer ginecológico, mas não as doenças do coração, que são as que mais matam as mulheres.
 
Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress
 
Ao mesmo tempo que supervalorizam a mortalidade por câncer, as pessoas desconhecem fatores de risco importantes associados a ele.
 
A infecção pelo vírus HPV, que causa o segundo tumor que mais mata as mulheres, o de colo uterino, aparece em sétima colocação em uma lista de 12 fatores de risco.
 
O tabagismo, associado ao câncer de pulmão, lidera a lista. A obesidade e o sedentarismo, relacionados a até 40% casos de câncer, também não são reconhecidos pela população como fatores que predispõem ao câncer. Aparecem em penúltimo e antepenúltimo lugar, respectivamente, na pesquisa.
 
"É impressionante como a falta de informação está disseminada, independentemente do grau de escolaridade, classe econômica, região ou faixa etária", afirma o oncologista Rafael Kaliks, diretor científico do Oncoguia.
 
Para ele, é importante que as pessoas saibam da relação direta entre o HPV e o câncer do colo uterino e outros até para que os pais não titubeiem na hora de vacinar suas filhas contra o vírus, agora que a imunização será oferecida na rede pública, a partir do ano que vem, para meninas de 11 a 13 anos.
 
O caso da obesidade e do sedentarismo é ainda mais gritante, segundo Kaliks.
 
"Com 50% da população acima do peso, esses fatores de risco passaram a ser ainda mais importantes do que o tabagismo, que afeta hoje 15% dos brasileiros. Não só para o câncer como também para as doenças cardiovasculares", afirma o médico.
 
Para ele, são necessárias campanhas públicas de promoção à saúde mais agressivas. "Temos que começar nas escolas", diz ele.
 
Folhaonline

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